Política

Lula critica habitações de 15m² entregues em Campinas: ‘Absurdo do absurdo’

O prefeito Dário Saadi afirmou se tratar de um loteamento para atender pessoas da ocupação Mandela Viva, sob ordem de despejo

Foto: Evaristo Sa/AFP
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O presidente Lula (PT) voltou a criticar uma ação habitacional lançada pela prefeitura de Campinas, no interior de São Paulo, que oferece construções de 15 metros quadrados.

“É importante a gente lembrar que precisa discutir as palafitas, é preciso discutir o processo de degradação em que mora o ser humano. Aquela história do prefeito [de Campinas] de fazer uma casa de 15 metros quadrados. Se essa moda pega, daqui a pouco estaremos construindo poleiros para que o povo possa morar. É o absurdo do absurdo do absurdo”, disse, durante a segunda edição do Conversa com o Presidente, nesta segunda-feira 19.

O petista já havia criticado a iniciativa no final de semana e sido contestado pelo prefeito Dário Saadi. Em um vídeo, o político do Republicanos afirmou não se tratar de um programa habitacional da prefeitura, mas de um loteamento alcançado pela gestão municipal, em parceria com a Justiça, para abrigar cerca de 450 pessoas que moram há sete anos na Ocupação Mandela Vive e estavam sob ordem de reintegração de posse. Serão disponibilizadas 116 unidades de 15 metros quadrados.

“Presidente, se o senhor conhecesse minimamente a luta lá dos moradores do Mandela, o senhor não teria falado o que o senhor falou”, devolveu Saadi. “A prefeitura fez lá um loteamento urbanizado, com infraestrutura, asfalto, água e energia elétrica. E, também atendendo à reivindicação, à solicitação dos moradores, construiu lá o embrião, que é uma unidade pequena preparada já para ampliação.”

O movimento Ocupação Mandela Resiste se manifestou sobre as críticas e considerou uma vitória a entrega das 116 casas, diante da reintegração de posse. Mas, após o vídeo publicado pelo prefeito, ponderou que a mensagem de Saadi foi utilizada com fins eleitoreiros.

“Não podemos concordar e nos silenciar diante de sua mensagem recente. Ao citar o PT, sentimos que fomos usados para seus interesses eleitorais, como se toda questão fosse meramente partidária. Lamentamos essa postura”, diz um trecho da publicação.

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