O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu, na manhã desta segunda-feira 18, com todos os seus ministros de Estado, na primeira reunião ao ano. Na abertura do encontro, o presidente afirmou que já não há mais dúvidas que o País sofreu uma tentativa de golpe de Estado planejada por Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados.
O petista ressaltou que “pessoas que estavam nas Forças Armadas” se recusaram participar da trama golpista do ex-presidente, fazendo referência aos depoimentos prestados à Polícia Federal, tornados públicos na última sexta-feira 15.
“Se há três meses quando a gente falava em golpe parecia apenas insinuação, hoje nós temos certeza que esse País correu sério risco de ter um golpe em função das eleições de 2022″, avaliou Lula.
“E não teve golpe não só porque algumas pessoas que estavam no comando das Forças Armadas não quiseram fazer, não aceitaram a ideia do presidente, mas também porque o presidente é um covardão”, afirmou Lula.
Segundo o petista, Bolsonaro se mostrou covarde ao não ficar no Brasil para executar o próprio plano.
“Ele não teve coragem de executar aquilo que planejou, ficou dentro de casa chorando quase que um mês e preferiu fugir para os EUA do que fazer o que tinha prometido, na expectativa de que, fora do País, o golpe poderia acontecer…porque eles financiaram as pessoas na porta dos quartéis para tentar estimular o golpe”, comentou, então, o presidente.
Os comentários, como citado, ocorrem na reunião ministerial, que acontece após diversas pesquisas apontarem uma queda da aprovação do governo federal. Após a fala de abertura do presidente, coube ao ministro chefe da Casa Civil, Rui Costa, anunciar os números alcançados nos primeiros 12 meses de mandato.
O presidente fez questão de que todos os ministros estivessem presentes no Planalto nesta segunda-feira.
Fernando Haddad inclusive cancelou a sua participação em um congresso sobre transição energética na Alemanha para estar presente do encontro.
Não estava presente apenas o chanceler Mauro Vieira, que está em viagem ao Oriente Médio, trabalhando em um cessar-fogo no conflito entre Israel e o grupo extremista Hamas, que assola a população Palestina na Faixa de Gaza.
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