Política
Lula classifica como ‘barbárie’ novo ataque racista contra o jogador Vini Jr.
Agressões racistas foram cometidas momentos antes do início da partida entre a equipe de Madri e a Inter de Milão


O presidente Lula (PT) classificou como ‘barbárie racista’ o novo de ataque que o jogador Vinicius Júnior, atleta do Real Madri e da Seleção Brasileira de futebol, sofreu. As declarações do presidente foram nesta quinta-feira 14.
Um vídeo publicado nas redes sociais mostra torcedores do Atlético de Madri chamando o atleta brasileiro do clube rival de chimpanzé.
As agressões racistas foram cometidas momentos antes do início da partida entre a equipe de Madri e a Inter de Milão (Itália), na última quarta-feira 13. O jogo sequer envolvia a participação de Vini Jr. e do seu time.
“É inacreditável que na segunda década do século 21 ainda exista um comportamento desse tipo. Toda a nossa solidariedade ao Vini Jr. Ele merece todo respeito e admiração pelo seu talento e competência, não essas manifestações de barbárie racista”, postou Lula.
Mais cedo, o próprio Vinicius Júnior fez uma postagem cobrando que a União das Associações Europeias de Futebol (UEFA), organizadora do jogo, puna os responsáveis pelas agressões.
“Espero que vocês já tenham pensado na punição deles Champions League, UEFA. É uma triste realidade que passa até nos jogos que eu não estou presente”, publicou em seu perfil em uma rede social o jogador.
Torcedores do Atlético de Madrid fazendo cânticos racistas antes do jogo contra a Inter:
‘Alé Alé, Alé, Vinícius chimpanzé’ pic.twitter.com/yExDtshCFa
— Curiosidades Europa (@CuriosidadesEU) March 13, 2024
Em nota, o governo brasileiro, por meio do Palácio do Itamaraty, afirmou que recebeu com “tristeza e indignação” a notícia da ocorrência de mais uma agressão racista contra o jogador, situação que tem sido recorrente na Espanha.
Além disso, informou que vai reiterar às autoridades governamentais e esportivas espanholas a preocupação com os repetidos ataques racistas ao atleta, além de cobrar providências da UEFA, organizadora do torneio no qual as manifestações racistas ocorreram.
“Enquanto não houver sanções penais e esportivas à altura, os racistas continuarão a agir e nenhuma campanha contra o racismo trará resultados efetivos”, diz a nota do Ministério das Relações Exteriores.
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