Política

Lula: Bolsonaro incita desconfiança sobre as urnas por ‘medo de perder a eleição e ser preso’

O ex-presidente voltou a chamar o adversário de ‘fascista’ e afirmou que ‘seus dias estão contados’

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) Foto: Reprodução
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acusou o presidente Jair Bolsonaro (PL) de incitar a desconfiança sobre o sistema eleitoral por ter “medo de ser preso” após a votação deste ano.

O petista discursou nesta segunda-feira 9, em Belo Horizonte, durante a sua primeira agenda no calendário de viagens pelo Brasil, iniciado após a oficialização da sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto, no sábado 7.

“A gente tem que olhar e falar: Bolsonaro, os seus dias estão contados. Não adianta desconfiar de urna”, declarou. “O que você tem, na verdade, é medo de perder as eleições e ser preso depois que você terminar as eleições.”

Lula voltou a chamar Bolsonaro de “fascista” e afirmou ser preciso devolver o fascismo para “o esgoto da história”, assim como havia dito no sábado em São Paulo. O petista declarou ainda que o seu adversário representa “a antidemocracia, o antiamor, a antipaz, a antieducação e o antidesenvolvimento”.

O ex-presidente dedicou boa parte do discurso à temática econômica e declarou que sentia orgulho quando ouvia queixas das classes mais ricas sobre o aumento do poder aquisitivo das pessoas mais pobres.

“Que alegria eu sentia quando o rico falava: ‘Ai, esse Lula é uma desgraça, porque o aeroporto virou uma rodoviária, tem muito pobre no aeroporto'”, ironizou o petista. “Não é possível as pessoas continuarem imaginando que o pobre só gosta de coisa de segunda categoria. Não, a gente gosta de coisa boa. A gente não gosta de carne de segunda, a gente gosta de carne de primeira.”

O pré-candidato também criticou as relações mantidas pelo governo federal com outros países e disse que, hoje, poucos chefes de Estado respeitam o Brasil.

“Este País era respeitado pelo Chile, pela Argentina, pelos Estados Unidos, pela China, pela Alemanha, pela França, pelo mundo inteiro, e hoje virou pária, porque ninguém quer ter contato com esse presidente, porque ele não representa o povo brasileiro.”

Lula se dirigiu, ainda, a artistas e profissionais da arte com a promessa de recriação do Ministério da Cultura e de fundação de comitês estaduais para a área.

Em menção à Lava Jato, Lula disse que espera que a imprensa peça desculpas “ao povo” por ter reproduzido “mentiras” do procurador Deltan Dallagnol, responsável pelas principais acusações ao petista.

Em uma rápida referência ao seu pré-candidato a vice, o ex-tucano Geraldo Alckmin, hoje no PSB, Lula repetiu uma frase atribuída ao educador Paulo Freire sobre juntar os divergentes para enfrentar os antagônicos.

Segundo Lula, a sua agenda continua nas cidades mineiras de Contagem e de Juiz de Fora.

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