Com nove ministros no alvo, o núcleo duro do governo de Michel Temer foi fortemente atingido pela “lista de Fachin”, isto é, pelos 83 inquéritos encaminhados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF), sob relatoria do ministro Edson Fachin.
Entre os 108 alvos dos 83 inquéritos estão, além de 29 senadores e 42 deputados federais, nove ministros do governo de Michel Temer, diz publicação.
Seriam eles: Eliseu Padilha (PMDB), da Casa Civil, Moreira Franco (PMDB) da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Kassab (PSD), da Ciência e Tecnologia, Helder Barbalho (PMDB), da Integração Nacional, Aloysio Nunes (PSDB), das Relações Exteriores, Blairo Maggi (PP), da Agricultura, Bruno Araújo (PSDB), das Cidades e Marcos Pereira (PRB), da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
Roberto Freire (PPS), ministro da Cultura, também foi alvo de denúncia, mas Fachin não determinou a abertura de inquérito. Ele solicitou à Procuradoria-Geral da República para se manifestar sobre eventual extinção da punibilidade.
Ex-ministros, como o senador José Serra (PSDB), que passou pelo ministério das Relações Exteriores, e Romero Jucá (PDMB), que ocupou o ministério do Planejamento, também aparecem na mesma lista, ainda de acordo com informações do Estadão.
Atual presidente do PMDB, Jucá divide com Aécio Neves, presidente do PSDB, o maior número de inquéritos: cinco cada um.
A base dos inquéritos são as delações de 40 dos 78 executivos da Odebrecht. Eles foram abertos mediante pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Como os políticos citados têm foro privilegiado, a tramitação seguirá no STF.