Economia

Lira manda recado a Lula sobre o ‘protagonismo’ do Congresso após o arcabouço fiscal

O presidente da Câmara se mobilizará pela reforma tributária, mas pisa no freio em outros itens da pauta econômica do governo

Lira manda recado a Lula sobre o ‘protagonismo’ do Congresso após o arcabouço fiscal
Lira manda recado a Lula sobre o ‘protagonismo’ do Congresso após o arcabouço fiscal
Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Apoie Siga-nos no

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), deu novos recados ao governo Lula nesta quarta-feira 24, horas após a Casa aprovar por larga maioria o novo arcabouço fiscal do País.

Em entrevista à GloboNews, Lira elogiou a atuação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mas não comentou o papel do responsável pelas Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

“O Congresso está dando todas as oportunidades para o governo se estruturar de uma maneira racional. Todos têm que entender que o Congresso brasileiro conquistou maior protagonismo (…) sem ferir a harmonia constitucional nem Poder nenhum”, afirmou o deputado.

Segundo ele, “é importante que o governo entenda que tem que participar do processo de discussão, como participou o ministro Haddad”.

Lira também declarou que, com a aprovação da regra fiscal, os deputados podem passar a centrar seus esforços na reforma tributária, outra prioridade do governo na agenda econômica.

A reforma a ser aprovada deve ser, segundo o presidente da Câmara, “justa, simplificada, mais próspera e que traga realmente investimentos externos para o País”.

Arthur Lira voltou, por fim, a negar a possibilidade de a Câmara aprovar mudanças em matérias sobre as quais já se debruçou recentemente. Lula tentou, por exemplo, alterar pontos do marco do saneamento básico e mantém suas críticas à privatização da Eletrobras.

“Capitalização da Eletrobras, Banco Central independente, marco do saneamento, cabotagem, tantos outros projetos estruturantes para este País não serão revistos, a não ser para melhora. E ainda, no ambiente do Congresso Nacional”, disse. “Todas as tentativas de mudança nesse cenário só trazem insegurança, discussão, perda de dividendos para todos os envolvidos.”

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo