Política

Linha privatizada da CPTM leva 27 horas para retomar operação total após pane elétrica

A falha foi registrada por volta das 14h da terça-feira 3, dia de greve de trabalhadores contra privatizações do governo de Tarcísio de Freitas

Linha privatizada da CPTM leva 27 horas para retomar operação total após pane elétrica
Linha privatizada da CPTM leva 27 horas para retomar operação total após pane elétrica
Problemas em linha privatizada da CPTM em 3 de outubro de 2023. Foto: Reprodução/Redes Sociais
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A Linha 9-Esmeralda da CPTM, em São Paulo, voltou a funcionar plenamente após as 17h desta quarta-feira 4. Foram, ao todo, mais de 27 horas de paralisação parcial, devido a uma falha elétrica registrada por volta das 14h da terça-feira 3.

A ViaMobilidade é a concessionária responsável por administrar a linha. A pane começou exatamente no dia em que funcionários do Metrô, da CPTM e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, a Sabesp, promoveram uma greve unificada para reivindicar melhores condições de trabalho e contestar a privatização dos serviços.

Segundo a concessionária, o trabalho de manutenção envolveu “cinco frentes de trabalho, com cerca de 70 colaboradores”. A empresa sustenta que a falha tem de ser investigada por suspeita de vandalismo e registrou um boletim de ocorrência na terça.

Em outra frente, o Ministério Público de São Paulo decidiu voltar a investigar as falhas na operação da Linha 9, alvo de constantes interrupções no funcionamento. Os casos já motivaram um acordo a prever o pagamento de 150 milhões de reais em indenização aos cofres públicos.

Logo no início da terça-feira, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) celebrou o fato de linhas privatizadas estarem em funcionamento no dia da greve. A paralisação de trabalhadores, segundo ele, reforçou a decisão da gestão estadual de estudar a concessão de linhas do Metrô e da CPTM.

Às 13h58, no entanto, a ViaMobilidade registrou a falha no sistema elétrico e paralisou a circulação de trens entre as estações Morumbi e Villa Lobos-Jaguaré. Ônibus de um plano emergencial tiveram de ser acionados.

A empresa controla a operação e a manutenção das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda. O contrato com o governo de São Paulo, assinado em 30 de junho de 2021, vale por 30 anos.

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