Justiça
Líderes do Centrão não embarcam na 1ª tentativa de Flávio de ‘vender’ sua candidatura
O senador e filho de Jair Bolsonaro condiciona a desistência à aprovação da anistia
A primeira tentativa de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) de “vender” sua pré-candidatura à Presidência da República não prosperou. O senador chamou os presidentes dos principais partidos do Centrão para uma reunião em sua casa, no Lago Sul, em Brasília, nesta segunda-feira 8, mas todos negaram o convite.
O plano de Flávio era reunir Antonio Rueda, do União Brasil; o senador Ciro Nogueira (PI), do Progressistas; e o deputado Marcos Pereira (SP), do Republicanos. O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, é o único confirmado para o encontro até o momento.
A tentativa de reunião aconteceria um dia depois de o filho “zero um” de Jair Bolsonaro (PL) dizer que “tem um preço” para desistir da pré-candidatura à Presidência.
O “preço” de Flávio só foi revelado horas depois, em entrevista à Record TV. Ele disse que a condição para a desistência seria o seu pai “livre e nas urnas” – ou seja, o apoio dos partidos de centro à malfadada anistia aos golpistas.
“Meu preço é justiça. E não é só justiça comigo, é justiça com quase 60 milhões de brasileiros que foram sequestrados, estão dentro de um cativeiro, neste momento, junto com o presidente Jair Messias Bolsonaro. Então, óbvio que não tem volta. A minha pré-candidatura à Presidência da República é muito consciente”, alegou Flávio.
A reação inicial do Centrão foi contrária ao lançamento do senador como representante da oposição nas urnas. Em conversas iniciais, os partidos sinalizaram uma candidatura “puro sangue” no ano que vem, apenas com candidatos do bloco e interessados no “projeto” do grupo.
Sobre a reunião desta segunda, todos os líderes convidados alegaram “conflito de agenda” para declinar do convite.
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