O presidente do PSDB, Marconi Perillo, afirmou que o senador Izalci Lucas (PSDB-DF), líder tucano na Casa, não teve aval do partido para assinar um manifesto de repúdio à operação da Polícia Federal contra o deputado Carlos Jordy (PL-RJ), na semana passada.
O documento também critica o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que autorizou a ação da PF. Segundo o texto, o magistrado não teria “imparcialidade” para relatar os processos do 8 de Janeiro e deveria se declarar suspeito.
“Esse posicionamento é dele [Izalci Lucas]. Não foi tratado no partido”, disse Perillo à CNN Brasil. Segundo o presidente do PSDB, o assunto não foi discutido internamente.
No documento a embasar a operação, a PF ressalta “fortes ligações” de Jordy com Carlos Victor de Carvalho, vereador suplente na Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes (RJ) e servidor da Assembleia Legislativa do Rio. Ele seria uma liderança dos movimentos de extrema-direita no município, onde organizaria atos criminosos.
Para a corporação, a relação entre Victor e Jordy “transpassa o vínculo político, vindo denotar-se que o parlamentar além de orientar tinha o poder de ordenar as movimentações antidemocráticas, seja pelas redes sociais ou agitando a militância da região”.
“O que esta autoridade policial julga mais grave é que o vínculo entre o parlamentar e o apoiador não seja apenas para fins políticos partidários, mas também com a intenção de ordenar a prática de crimes contra o Estado de Direito.”
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