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Líder do PDT justifica o fim da aliança com o PT no Ceará: ‘Ingerência indevida’
Os partidos romperam, após 16 anos, devido a divergências em relação ao nome que deveria disputar o governo do estado
O presidente do PDT do Ceará, deputado André Figueiredo, afirmou que o rompimento com o PT no estado se deve à uma tentativa de interferência da sigla ex-aliada sobre seu partido.
O PT anunciou o fim da aliança, após o PDT lançar, na terça 19, o nome do ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio ao governo do estado.
“O que tentou-se foi uma ingerência indevida do PT para dizer quem do PDT seria o candidato”, afirmou Figueiredo em conversa com CartaCapital nesta quarta-feira 20. “Nós não aceitamos, e o diretório deliberou pela escolha do Cláudio”.
O parlamentar participa, em Brasília, da convenção nacional do seu partido. No evento, o PDT oficializou a candidatura de Ciro Gomes à presidência da República. O presidente da legenda, Carlos Lupi, em discurso, reforçou o apoio a Cláudio.
Na avaliação dos petistas, que defendiam a candidatura da atual governadora, Izolda Cela (PDT), a opção pedetista é uma “insensatez política”.
“O PDT tomou uma decisão unilateral sem ouvir os partidos e sem considerar o papel do ex-governador Camilo Santana (PT)”, disse mais cedo o deputado José Guimarães (PT-CE). “Por qual razão puseram um nome que é atritado com o PT? Para uma parceria de 16 anos é um péssimo caminho”.
À reportagem, Guimarães classificou a decisão do PDT como consequência de um “capricho” de Ciro que, no plano nacional, é adversário do ex-presidente Lula (PT).
Para Figueiredo, o rompimento da aliança, que já durava 16 anos no estado, não atrapalha a candidatura nacional do PDT. “Já não havia convergência em relação à candidatura à presidência, então é natural”.
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