Política

‘Levar Freixo ao 2º turno é eleger mais 4 anos de bolsonarismo’, diz Santa Cruz

Ex-presidente da OAB e pré-candidato ao governo do Rio pelo PSD defende ser o nome ideal para vencer Cláudio Castro e o bolsonarismo

FELIPE SANTA CRUZ, EX-PRESIDENTE DA OAB. FOTO: DIVULGAÇÃO
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Felipe Santa Cruz, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro pelo PSD de Gilberto Kassab, afirma ser o ‘nome ideal’ para vencer Cláudio Castro (PL) e o bolsonarismo no estado. Segundo defendeu em entrevista ao jornal O Globo, Marcelo Freixo (PSB) já foi derrotado uma vez por Marcelo Crivella e por isso não teria chances de superar o atual governador.

Eu sou o candidato que vai vencer o Cláudio Castro. Mas para ele e o bolsonarismo, o [Marcelo] Freixo, que elegeu o Marcelo Crivella, é o melhor adversário”, afirmou Santa Cruz ao alegar que o pessebista já teve experiências de segundo turno contra o bolsonarismo frustradas em outras ocasiões.

“[Ele é o melhor adversário na visão bolsonarista] Pelos posicionamentos históricos dele, pela forma com que a população interpreta o Freixo. Houve uma experiência concreta. Qualquer outro candidato que tivesse ido ao segundo turno em 2016 teria vencido o Crivella, mas era o Freixo. Os marqueteiros sabem disso”, acrescenta Santa Cruz. “Levá-lo para o segundo turno é eleger mais quatro anos de bolsonarismo no Rio, representado pelo Cláudio Castro”, concluiu em seguida.

Atualmente, Freixo e Castro lideram a disputa pelo governo do estado. Em torno de Castro a principal aliança é com Jair Bolsonaro, já Freixo conta com o apoio de Lula. As associações aos presidenciáveis rendem aos políticos um empate técnico no levantamento Quaest desta terça-feira 17, com 40% de intenções de voto em Castro e 37% para Freixo.

Santa Cruz, por sua vez, não angariou apoio nacional de nenhum pré-candidato ao Planalto e aparece em último lugar no cenário geral, com apenas 1% das intenções de voto. O advogado, no entanto, minimiza o baixo desempenho e diz que há pontos positivos em não ter alianças em torno da sua candidatura, que tem como maior entusiasta o prefeito do RJ, Eduardo Paes.

“Não ter uma aliança robusta no Rio também significa não estar atrelado ao ciclo de decadência e corrupção do estado nos últimos 25 anos. Não ter o peso do que significam as alianças. Os velhos nomes da política do Rio faço questão que não estejam ao meu lado”, destacou Santa Cruz.

Sobre as pesquisas, o pré-candidato classificou a análise dos levantamentos como um ‘exercício teórico’ de ‘especialistas e jornalistas’. Ele defende, pelo tempo que ainda resta até as eleições, que há espaço para o seu crescimento.

“A população ainda vai olhar para a eleição do Rio. Basta andar na rua, não encontro entusiasmo e voto consolidado em ninguém. Há um espaço enorme para o crescimento, ainda mais para a nossa proposta, que é de um partido estruturado e que terá uma grande bancada de deputados federais e estaduais”, alegou. “Discutir pesquisa agora é quase um exercício teórico, obsessão dos especialistas e jornalistas. Não tem clima nenhum de eleição nas ruas”, repetiu em outro trecho.

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