O empreiteiro Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS Construtora, firmou um acordo com a Procuradoria-Geral da República para pagar cerca de 45 milhões de reais aos cofres públicos e permanecer, em casa, por mais cinco anos de regime domiciliar.
Pinheiro é um dos principais acusadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do tríplex do Guarujá, denúncia pela qual Lula cumpre pena na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba há um ano e seis meses.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o acordo já tinha sido feito com o Ministério Público no fim de 2018, mas só veio a público agora. Léo Pinheiro já cumpre a prisão domiciliar desde setembro de 2019 por conta de cinco condenações em ações penais na Justiça Federal do Paraná, que são relacionadas à Operação Lava Jato.
De acordo com as regras do regime domiciliar, Léo Pinheiro deverá usar a tornozeleira eletrônica, não poderá sair de casa a não ser em emergências e poderá trabalhar. O número de visitantes também é restrito.
A delação de Pinheiro chegou a ser descreditada por procuradores da Lava Jato até os últimos momentos, quando, mesmo sem acordo de delação premiada firmado, o empreiteiro acusou Lula de reformar o apartamento no Guarujá em troca de vantagens ilícitas com a Petrobras.
Segundo reportagem do The Intercept sobre a Vaza Jato, os procuradores não encontravam provas robustas sobre negócios que fizessem com que Léo Pinheiro fosse inocentado ou firmasse um acordo com a operação. No momento das mensagens trocadas, o empreiteiro já havia sido condenado por pagar propinas a dirigentes da Petrobras, mas recorria em liberdade.
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