CartaExpressa

Justiça aceita recurso de Aras contra professor que o chamou de ‘poste-geral da República’

A decisão contra Conrado Hübner Mendes, da USP, foi tomada por dois votos a um pela Terceira Turma do TRF-1

O procurador-geral da República, Augusto Aras. Foto: Evaristo Sá/AFP
Apoie Siga-nos no

A Terceira Turma do TRF-1 acolheu, por dois votos a um, um recurso do procurador-geral da República, Augusto Aras, e abriu caminho para a instauração de uma ação contra o professor da USP Conrado Hübner Mendes. Cabe recurso à decisão da Turma.

Aras defende a condenação de Hübner Mendes por calúnia, injúria e difamação devido a críticas publicadas nas redes sociais. Em uma delas, ao mirar uma suposta omissão do PGR, o professor o chama de “poste-geral da República”.

Em um artigo escrito para o jornal Folha de S.Paulo, Hübner Mendes também argumenta que Aras “é a antessala do fim do Ministério Púbico tal como desenhado pela Constituição de 1988″.

Segundo o relator do caso, o juiz federal Marllon Sousa, “embora o debate político seja sempre bem-vindo e necessário, as expressões usadas pelo querelado podem, em tese, configurar o delito de calúnia, pois atribuíram ao querelante a prática de fato definido como crime, mais especificamente o descrito no art. 319 do CP (prevaricação)”.

No ano passado, a juíza Pollyana Kelly Maciel, da 12ª Vara Federal Criminal de Brasília, rejeitou a queixa de Aras contra o professor da USP. Posteriormente, recusou também um recurso apresentado pelo PGR.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar