Após quatro anos em autoexílio na Europa, o ex-deputado federal Jean Wyllys deve retornar ao Brasil ainda neste semestre e pedirá ao governo Lula que agentes da Polícia Federal façam a sua segurança. A confirmação foi feita à coluna de Mônica Bergamo na Folha de S. Paulo.
A data da viagem, no entanto, será mantida sob sigilo enquanto não forem acertados os detalhes sobre a segurança de Wyllys no Brasil.
O pedido do ex-deputado reforça a medida cautelar expedida pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos em 2018, quando ele recebeu diversas ameaças de morte.
Com a escalada dos ataques, o órgão considerou que o político “se encontra em uma situação de gravidade e urgência, posto que seus direitos à vida e à integridade pessoal estão em grave risco”, e exigiu que o Estado brasileiro tomasse providências para zelar pela vida e pela segurança do ex-parlamentar.
No entanto, diante da frequência das ameaças, Wyllys abriu mão do terceiro mandato na Câmara, para o qual havia sido eleito.
“Ele [Wyllys] estava vivendo [praticamente] em prisão domiciliar [no Brasil]. Foi muito duro, mas ele resolveu não assumir o mandato porque eram ameaças muito contundentes. Eles [os autores dos ataques] tinham toda uma documentação e o endereço da família dele”, explica a advogada do ex-deputado, Noemia Boianovsky.
A CartaCapital, Wyllys confirmou em julho de 2022 que só voltaria ao País com a vitória de Lula nas eleições.
A defesa do parlamentar aguarda uma reunião com membros do CIDH e integrantes do governo brasileiro, prevista para 1º de junho. No encontro, será apresentado oficialmente um pedido para que agentes da PF cuidem de sua segurança.
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