Política

Janaina reclama da falta de apoio de Bolsonaro e sinaliza para vitória de Lula

Deputada diz que o bolsonarismo se tornou ‘autoritário e totalitário’ ao exigir ‘pacto de silêncio’

Foto: Sérgio Galdino/Alesp
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A deputada da extrema-direita Janaina Paschola (PRTB) voltou a reclamar da falta de apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL) nestas eleições. A parlamentar tenta se eleger senadora por São Paulo. Segundo diz, o ex-capitão não a escolheu para compor sua chapa por conta da sua ‘transparência’ e de um ‘pacto de silêncio’ que exige o bolsonarismo. As declarações foram dadas em entrevista ao canal BandNews TV na segunda-feira 12.

“Eu vejo que meu perfil seria o mais adequado para ter o apoio do presidente. Qual é o problema? Eu sou uma pessoa transparente, independente, não sou subserviente, quando preciso criticar eu critico, quando tenho que concordar eu concordo”, afirmou. “Mas infelizmente hoje o bolsonarismo ficou muito parecido com o petismo que lá atrás eu combati. Não só pelo autoritarismo, pelo totalitarismo, pelos desvios todos que ficaram comprovados no processo de impeachment, na Lava-Jato, mas o bolsonarismo tem a exigência de que as pessoas têm que aderir ao pacote fechado”.

Em terceiro lugar nas pesquisas eleitorais, ela está bem distante da disputa principal, travada entre Márcio França (PSB) e Marcos Pontes (PL). Na pesquisa mais recente no estado, do instituto Ipespe, o ex-governador abriu 13 pontos de vantagem sobre o ex-ministro bolsonarista. Em relação a Janaina, a distância sobe para 20 pontos percentuais. Ao todo, França tem 28% das intenções de voto, Pontes 15% e Janaina 8%.

Na conversa com o canal, Janaina também criticou os ataques às urnas eletrônicas protagonizados por Bolsonaro e seus ex-aliados. Segundo diz, este não seria ‘o momento’ para questionar o sistema. Apesar da discordância, ela defende o ‘direito’ de Bolsonaro de tratar do assunto. “Eu penso que não é mais o momento de questionar as urnas, porque nós estamos em meio ao processo eleitoral. Mas eu não vejo as críticas como ataques, entendo que nós vivemos numa democracia e as pessoas têm o direito de terem sua opinião, de externar sua opinião”.

Também em oposição a Bolsonaro, a deputada sinalizou acreditar na vitória de Lula (PT) e justificou que sua análise toma como base o que mostram as pesquisas eleitorais.

“Nós temos, hoje, dois candidatos que estão numa situação mais confortável, pleiteando à presidência da República. O ex-presidente Lula está à frente nas pesquisas, com isso não estou defendendo A nem B, só estou sendo realista conforme ao que é apresentado”, destaca. “Então, numa situação de eleição do ex-presidente Lula, eu penso que minha presença seria fundamental no Senado”.

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