Política

‘Gostaria de ter resolvido conversando, mas as pessoas lá não estavam dispostas’, diz Lula sobre intervenção no DF

O presidente recebeu deputados e senadores, um ato simbólico de unidade após o Congresso aprovar o decreto de intervenção

Foto: Reprodução
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O presidente Lula (PT) recebeu no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira 11, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), e outros parlamentares.

A agenda representou um ato simbólico de unidade entre o Executivo e o Legislativo após o Congresso Nacional aprovar o decreto de Lula que estabelece a intervenção federal na Segurança Pública do Distrito Federal.

A medida foi adotada após bolsonaristas promoverem atos de terrorismo no último domingo 8, com a invasão e a depredação de áreas do Congresso, do Planalto e do Supremo Tribunal Federal. A reação institucional à ação golpista envolveu o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e a ordem de prisão do ex-secretário de Segurança do DF Anderson Torres.

“Não gostaria de ter feito uma intervenção, gostaria de ter resolvido conversando, mas as pessoas que estavam lá não estavam dispostas sequer a conversar, porque faziam parte daqueles que estavam praticando vandalismo”, afirmou Lula no encontro desta quarta.

O presidente declarou que o decreto representa a necessidade de “punir quem não quer respeitar a lei e a ordem democrática tão dificilmente alcançada por nós com a Constituição de 1988”.

“Qualquer gesto que contrarie a democracia será punido dentro daquilo que a lei permite. Todo mundo terá direito de se defender, mas todo mundo será punido.”

Lula ainda disse que “não gostaria de pensar em golpe” ao se lembrar dos atos de domingo, “mas em algo menor, como um grupo de aloprados que não entendeu que a eleição acabou e que a urna eletrônica é o modelo eleitoral mais perfeito que a gente tem no mundo”.

Ele também fez críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que insiste em não reconhecer a derrota no segundo turno. Para Lula, o ex-capitão faz parte do “grupo de aloprados, de gente com pouco senso de ridículo”.

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