Política
‘Ibama não facilita, nem dificulta’, diz Marina sobre pedido da Petrobras para explorar petróleo no Amazonas
Desde maio, o Instituto e a estatal divergem sobre critérios para a perfuração na Foz do Amazonas
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou, neste sábado 5, que o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) avalia “com isenção” os pedidos para licenciamento ambiental.
A declaração aconteceu durante o evento Diálogos Amazônicos, no Pará, que antecede a Cúpula da Amazônia. Questionada sobre o pedido da Petrobras para a exploração de petróleo na Foz do Amazonas, ela ressaltou que não há impedimento do Ibama.
“Obviamente, quando você não é negacionista, aquilo que a ciência e a técnica dizem importa na hora de tomar as decisões. O Ibama não dificulta, nem facilita, o Ibama tem um parecer técnico que deve ser observado”, afirmou, durante coletiva de imprensa do evento.
“No processo de licenciamento, o empreendedor tem o direito de reapresentar a proposta. A Petrobras já reapresentou a proposta, e o Ibama, com toda a isenção, vai fazer essa avaliação, porque num governo republicano, os técnicos têm a liberdade de dar o seu parecer, e as autoridades, que devem fazer políticas públicas baseadas em evidências, devem olhar para aquilo que os técnicos estão dizendo”, afirmou.
Ela ressaltou que o Instituto já concedeu mais duas mil licenças à Petrobras, e nenhuma de cunho ideológico, mas sim, técnico.
No evento, o líder do governo, Randolfe Rodrigues (Sem partido) também comentou o caso e voltou a questionar a decisão. “[Para] conseguirmos debater junto à questão da preservação e das alternativas para dar de comer ao povo, porque não tem devastação ambiental maior do que a produzida pela fome, pelo desemprego, pela miséria”. disse.
Relembre
O imbróglio entre Petrobras e Ibama começou em maio, com a negativa do licenciamento para exploração da Foz do Amazonas. O Instituto alegou falta de garantia sobre o impacto da exploração, a estatal recorreu e em seguida, ministros entraram em articulação para conter possíveis embates.
Neste momento, um dos últimos recursos da Petrobras é analisado pelo Ibama.
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