Política
Heinze é citado pela PF em reunião preparatória sobre golpe em 2022
Com exceção do senador, que não é investigado, todos os participantes do encontro estão na mira da polícia
O senador Luiz Carlos Heinze (PP-RS) foi citado pela Polícia Federal no contexto de um encontro realizado em meio a tratativas para reverter o resultado da eleição presidencial de 2022.
Na decisão que autorizou a operação da última quinta-feira 8, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes menciona a conduta do então presidente Jair Bolsonaro (PL), que analisava a possibilidade de uma ‘virada de jogo’, como pregavam alguns militares, empresários e integrantes de seu governo.
Moraes indica que, na sequência, começaram a ocorrer reuniões voltadas a planejar ações para direcionar e financiar manifestações golpistas, com o intuito de manter Bolsonaro no poder.
Heinze é citado como participante de uma reunião em 12 de novembro de 2022, de acordo com a investigação da PF. Segundo a apuração, participaram presencialmente do encontro o tenente-coronel Mauro Cid, o major do Exército Rafael Martins de Oliveira e o tenente-coronel do Exército Hélio Ferreira Lima.
Também participariam por videoconferência o general Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa, e o major do Exército Angelo Martins Denicoli.
De acordo com os investigadores, antes do horário do encontro, entre 9h e 13h, Mauro Cid e Braga Netto trocaram mensagens relativas a uma reunião por videoconferência marcada com Heinze e que contaria com a participação de Bolsonaro. Na sequência, Braga Netto teria pedido a Cid para ajustar o encontro, dizendo que não participaria, por já saber do assunto a ser tratado.
Com exceção de Heinze, que não é investigado, todos os participantes da reunião foram apontados pela PF como integrantes de núcleos que tentavam concretizar um golpe.
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