Política

Haddad demite auditor da Receita que ‘espionava’ desafetos de Bolsonaro

Ricardo Feitosa foi chefe do setor de inteligência da Receita Federal e extraiu dados de procurador que investigava rachadinhas de Flávio, além de outros desafetos do ex-capitão

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, demitiu o ex-chefe de inteligência da Receita Federal do governo Jair Bolsonaro (PL), Ricardo Pereira Feitosa. A portaria que formalizou a demissão foi publicada na edição desta quinta-feira 5 do Diário Oficial da União (DOU).

Ricardo Feitosa, que é auditor da Receita, respondia a um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD). Ao final do processo, foi recomendada a demissão dele. A portaria de hoje frisa que Ricardo Feitosa usou o cargo “para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública”. Ele não poderá assumir cargo público federal pelos próximos cinco anos.

No início do ano, uma denúncia feita pelo jornal Folha de S. Paulo mostrou que Feitosa, quando chefiava o setor de inteligência da Receita, em 2019, teria acessado e copiado dados sigilosos do então procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Eduardo Gussem. O procurador era responsável por investigar um esquema de “rachadinha” nos gabinetes de Paulo Marinho e Gustavo Bebianno, antigos aliados de Bolsonaro.

O jornal mostrou, também, que Ricardo Feitosa foi ao ao gabinete do general Augusto Heleno, então chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Bolsonaro, antes de acessar os arquivos. A reunião, porém, não constava na agenda oficial de Heleno. A defesa do servidor nega que ele tenha acessado dados de maneira irregular.

Em outra frente de revelações, O corregedor da Receita Federal João José Tafner afirmou que teria sofrido pressão do antigo comando do Fisco, no ano passado, para não dar seguimento ao processo disciplinar aberto contra Feitosa.

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