Política
Haddad critica postura de Tarcísio sobre caso em Paraisópolis: ‘Precisa ser explicado’
Durante caminhada em São Bernardo do Campo, o candidato lamentou a falta de esclarecimentos sobre o ocorrido


O candidato Fernando Haddad (PT) advertiu a postura do candidato Tarcísio de Freitas (Republicanos) sobre um integrante da equipe do candidato bolsonarista ter pedido a um cinegrafista da TV Jovem Pan apagar imagens feitas de um tiroteio durante uma agenda de campanha em Paraisópolis.
“Quero dizer para vocês que eu esperava que a resposta do Tarcísio fosse outra. Esperava que ele fosse lamentar a atitude da equipe e fosse batalhar para que as questões fossem elucidadas, afinal de contas é um episódio que precisa ser explicado”, afirmou Haddad nesta sexta-feira 18, durante caminhada em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.
“Isso não significa levantar suspeitas sobre ninguém, significa fazer o trabalho que tem que ser feito declarado”, complementou ao comentar sobre o saldo do último debate ao governo de São Paulo na TV Globo.
Na ocasião, Tarcísio justificou que o pedido de exclusão do vídeo foi uma preocupação da campanha com a “segurança das pessoas”.
Ao ser questionado sobre o integrante da equipe que fez a abordagem, um agente licenciado da Abin, Tarcísio o classificou como amigo de longa data.
“Esse colega, no final das contas, não tem nada a ver com a inteligência porque ele está afastado da Abin desde 2019, é servidor de carreira e [tem] licença para tratamento particular, como prevê o estatuto dos servidores federais, e ele pediu o seguinte: ‘Apaga isso, apaga aquilo’, por preocupação com a segurança das pessoas, porque lá tinha equipe de comunicação, lá tinha outros profissionais porque a campanha vai acabar, mas a vida das pessoas continua”, disse.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Paraná Pesquisas indica Tarcísio com 15 pontos de vantagem sobre Haddad em São Paulo
Por CartaCapital
Haddad e Tarcísio fazem o último debate antes do 2º turno; confira os destaques
Por CartaCapital