Política
Hacker diz à PF que entregou mensagens ao The Intercept sem cobrar
O hacker investigado por invadir celular de Moro disse que o material foi entregue para Glenn de forma anônima e sem pagamentos

Walter Delgatti Neto, suspeito de hackear o celular do ministro da Justiça, Sérgio Moro, e de outras autoridades, disse à Polícia Federal que ele mesmo entregou o material publicado desde junho pelo site The Intercept Brasil, que revela conversas entre integrantes da Lava Jato.
Preso desde terça-feira 23, na operação Spoofing, Delgatti disse que o material foi entregue para o editor-chefe do portal, o jornalista Glenn Greenwald, de forma anônima, voluntária e sem cobrança.
A polícia agora trabalha para confirmar se as informações dadas por Delgatti são verdadeiras. Segundo o suspeito, a motivação para entregar as conversas foi por discordar dos caminhos que a operação de combate à corrupção tomou.
O jornalista do The Intercept confirmou as informações pelas redes sociais.
Dada essa informação nova e verdadeira, a única maneira pela qual Bolsonaro e Sergio Moro podem criminalizar nosso jornalismo é se renunciarem a qualquer pretensão de que o Brasil ainda é uma democracia. Em nenhuma democracia está denunciando um crime: https://t.co/RUbCum4aTd pic.twitter.com/5CA445b3Yw
— Glenn Greenwald (@ggreenwald) 25 de julho de 2019
Na quarta-feira 24, autoridades ligadas à investigação afirmaram que Delgatti confirmou em depoimento que foi o responsável por invadir o celular do ministro Sérgio Moro, em junho, e de centenas de autoridades hackeadas. Apontado como principal suspeito, ele estaria colaborando com as investigações e permitindo acesso a todos os arquivos eletrônicos, de acordo com investigadores.
Desde que a operação Spoofing foi deflagrada pela PF, a fim de investigar a invasão do celular de Moro, de um desembargador, um juiz federal e dois delegados da Polícia, foram presos quatro suspeitos: Walter Delgatti Neto, Danilo Cristiano Marques e o casal Gustavo Henrique Elias Santos (o DJ Guto) e Suelen Priscila de Oliveira. Neto e Marques estão na carceragem da Polícia Federal. Já o casal se encontra na sala de custódia do aeroporto, por questão de espaço.
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