Política

Governo exonera servidores do Meio Ambiente investigados por PF

Chefe do Ibama e outros aliados a Salles já haviam sido afastados do cargo previamente por decisão do Supremo

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, durante cerimônia de sanção do projeto de lei (PL 1.095/2019) que aumenta pena para crimes de maus-tratos a animais. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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O governo oficializou a exoneração de servidores do Ibama investigados na Operação Akuanduba, que investiga a possibilidade de um conluio dentro da pasta do Meio Ambiente para beneficiar setores madeireiros.

As exonerações foram publicadas no Diário Oficial da União na terça-feira 1, e foi dividida entre o ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, e o ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente.

Foram exonerados o presidente do Ibama, Eduardo Fortunato Bim; o secretário-adjunto da Secretaria de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, Olivaldi Alves Borges Azevedo; o assessor especial de Salles,
Leopoldo Penteado Butkiewicz; o diretor de proteção ambiental do Ibama, Olímpio Ferreira Magalhães; e o diretor de uso sustentável da biodiversidade e florestas do Ibama, João Pessoa Riograndense Moreira Júnior.

Por parte de ofícios assinados por Salles, foram tirados do cargo Rafael Freire de Macedo, coordenador-geral de monitoramento do uso da biodiversidade e comércio exterior do Ibama; e Wagner Tadeu Matiota, superintendente de apurações de infrações ambientais do Ibama.

Nesta quarta-feira 02, o presidente substituto do Ibama, Luis Carlos Hiromi Nagao, também publicou portarias para designar substitutos aos afastados, que devem ficar nessa condição por no mínimo 90 dias, seguindo determinação do Supremo.

A exoneração em massa é mais uma derrota para Salles, que, além do inquérito já em curso no STF, pode se tornar alvo de mais uma investigação.

A Procuradoria-Geral da República pediu, em resposta à ministra Cármen Lúcia, pela abertura de um inquérito para aprofundar investigações sobre mais um caso de beneficiamento de madeireiros do Pará e do Amazonas. Na ocasião, a Operação Handroanthus foi considerada como a responsável pela maior apreensão de madeira ilegal já feita na história da Polícia Federal.

*Essa matéria foi atualizada 

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