Governo brasileiro rebate EUA por críticas sobre a visita de Bolsonaro à Rússia

Ministério das Relações Exteriores chamou declarações da Casa Branca de 'extrapolações'

O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o seu homólogo russo Vladimir Putin. Foto: Alan Santos/PR

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O governo de Jair Bolsonaro (PL) chamou de “extrapolações” as declarações de Washington sobre a visita do presidente brasileiro à Rússia. A posição consta em nota do Ministério das Relações Exteriores desta sexta-feira 19.

O texto é uma reação à porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, na sexta-feira 18, que acusou o Brasil de “estar do lado oposto ao da maioria da comunidade global”. A autoridade americana criticava Bolsonaro por ter manifestado “solidariedade” ao governo de Vladimir Putin.

O governo do Brasil disse que “lamenta” a manifestação dos Estados Unidos.

“O Ministério das Relações Exteriores lamenta o teor da declaração da porta-voz da Casa Branca a respeito de pronunciamento do Senhor Presidente da República por ocasião de sua visita à Rússia”, diz nota.

Na sequência, a pasta disse que as considerações da Casa Branca não são “construtivas, nem úteis”.

“As posições do Brasil sobre a situação da Ucrânia são claras, públicas e foram transmitidas em repetidas ocasiões às autoridades dos países amigos e manifestadas no âmbito do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU). O Ministério das Relações Exteriores não considera construtivas, nem úteis, portanto, extrapolações semelhantes a respeito da fala do Presidente”, afirma o texto.


A visita de Bolsonaro ao Kremlin ocorreu na quarta-feira 16, em meio a um conflito diplomático entre Putin e a Organização do Tratado do Atlântico Norte, a Otan, que busca se expandir militarmente para a Ucrânia, na fronteira com a Rússia. Washington acusa Moscou de planejar uma invasão ao território ucraniano, mas o presidente russo nega a intenção e culpa a Otan por não cumprir acordo de interromper a sua proliferação na região.

 

 

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