Política

Gleisi diz que Moraes não tem como garantir que eleitores afetados pela PRF conseguiram votar

Presidente do PT afirmou que o partido pediu a prorrogação da votação em locais afetados por operações da Polícia Rodoviária Federal

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, ao lado do vice-presidente do partido, José Guimarães. Foto: Victor Ohana
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A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, não tem como garantir que os eleitores afetados pelas operações da Polícia Rodoviária Federal conseguiram votar neste domingo 30.

A declaração ocorreu durante entrevista coletiva em um hotel em São Paulo, minutos depois do início da apuração. A petista disse que o partido solicitou a prorrogação do prazo de votação até as 19 horas nas localidades atingidas, com base em relatos de mais de 500 operações, concentradas sobretudo no Nordeste.

“Com todo o respeito que eu tenho ao Tribunal Superior Eleitoral e ao ministro Alexandre, mas não tem como a gente achar que esses eleitores que foram barrados nesse momento das operações conseguiram chegar às urnas para votar”, declarou a presidente do PT.

A declaração questiona a coletiva de imprensa de Moraes mais cedo, em que disse que as operações da PRF não resultaram no impedimento dos eleitores de chegarem em suas seções. Segundo Gleisi, o caso precisa ser investigado, e a conclusão não pode ser baseada nas informações dadas pela PRF.

“Ele não tem como garantir que os eleitores foram votar. Eu até entendo a vontade dele de dizer que o processo está correndo bem, mas ele não tem como. Não pode ser a informação do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, que foi o criminoso da operação, a dar essa declaração e isso ter validade”, afirmou.

Gleisi lembrou que o PT pediu a prisão do diretor-geral da PRF, Silvinei Marques, quem ela chamou de “militante” do presidente Jair Bolsonaro (PL). Além disso, a presidente do PT disse suspeitar que as operações tenham favorecido Bolsonaro, por não ter observado reclamações por parte da campanha do atual presidente.

A deputada, porém, evitou adiantar se o partido pretende ou não reconhecer o resultado da votação, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saia derrotado. Ela reforçou a necessidade de investigação, mas afirmou estar confiante da vitória do candidato da sua sigla.

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