O ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, vai levar ao plenário da 2ª turma da Corte a ação de suspeição contra o ex-juiz Sergio Moro. A sessão começa às 14 horas. A tendência, avalia-se nos bastidores, é de que Moro seja condenado pelo placar de 3 a 2.
A votação refere-se a um habeas corpus impetrado pela defesa de Lula. A defesa do ex-presidente acusa Moro de parcialidade ao julgá-lo enquanto esteve na 13ª Vara da Justiça Federal, responsável pela maioria dos processos da Lava Jato.
O processo já havia sido iniciado em 2018, mas o próprio Gilmar Mendes pediu vistas, adiando a votação. Por enquanto, votaram contra a suspeição de Moro a ministra Cármen Lúcia e o o ministro Edson Fachin. Os próximos a votar são Mendes, Ricardo Lewandowski e o recém chegado Kassio Nunes Marques, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro, e que, segundo avaliação de seus pares, tende a acompanhar os dois últimos ministros nas votações.
Se a maioria entender que Moro foi parcial, todo o processo de Lula pode ser anulado sem a chance de se aproveitar as provas e os depoimentos colhidos pela Lava Jato, possibilidade deixada em aberto na decisão do ministro Fachin.
Na segunda-feira 8, Edson Fachin anulou 8 todas as condenações impostas ao ex-presidente Lula na Operação Lava Jato após declarar incompetência da Justiça Federal do Paraná para julgar os casos do triplex do Guarujá, do sítio de Atibaia e do Instituto Lula.
Com a decisão, os processos passam a ser analisados pela Justiça Federal do Distrito Federal, que terá autonomia para decidir se mantém as condenações já impostas ou envia os casos à fase de instrução penal.
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