Política
Gilmar elogia Alexandre de Moraes e por defender processo eleitoral de ataque ‘jamais presenciado’
Decano da Corte discursou na solenidade comemoração dos 34 anos da Constituição no Supremo Tribunal Federal
Em discurso na solenidade de comemoração dos 34 anos da Constituição no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Gilmar Mendes, decano da Corte, citou diversas situações em que o Supremo precisou agir para garantir que a Constituição fosse colocada em prática e defendeu a atuação de Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) à frente do processo eleitoral.
“Estamos irmanados no mesmo propósito do ministro Alexandre de Moraes, que com altivez tem defendido o processo eleitoral brasileiro de sério ataque antidemocrático, jamais presenciado, e que só chegou a esse ponto em razão da omissão conivente de diversos órgãos e agentes públicos”, afirmou Gilmar.
Em seu discurso, o decano afirmou que a Constituição é palpável nos vários programas sociais estruturados nesse período, que investiram na dimensão institucional dos direitos fundamentais, como o Sistema Único de Saúde (SUS). Ainda, o ministro mencionou a atuação do Supremo durante a pandemia, diante da “irresponsável recalcitrância” “em proteger a vida de brasileiros” de um dos Poderes.
“A universalidade e gratuidade exigiu dos municípios, estados e União o desenvolvimento de políticas públicas. No que tem muitos méritos o Congresso Nacional. Claro, quando um desses entes se recusa a exercer o seu papel, o Poder Judiciário brasileiro, instado pelas defensorias, pelo Ministério Público ou pela advocacia, não faltou aos seus. É o dia a dia dos fóruns desse país e que virou afazer diuturno deste STF durante a pandemia de Covid-19 ante a irresponsável recalcitrância de um desses entes em proteger a vida de brasileiros e de observar o mandamento do artigo 198 da Constituição: saúde é direito de todos e dever do Estado”, ressaltou Gilmar.
No início da sessão, a ministra Rosa Weber, presidente do STF, também falou sobre a importância de celebrar a Constituição “sob vários prismas”, com destaque, na avaliação da magistrada, para “a maior estabilidade institucional e a participação popular”.
“Podemos celebrá-la sob vários prismas, como bem evidenciam as manifestações dos Ministros dessa Casa, de ontem e de hoje, colhidas para essa comemoração, com destaque para a relevância do compromisso com as conquistas democráticas na construção de uma sociedade livre, justa e solidária; a maior estabilidade institucional e a participação popular, exaltada sua força normativa, em especial na efetividade e na exigibilidade dos direitos fundamentais e sociais, por ela ampliados”, disse Rosa.
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