Política

Fuga em Mossoró foi a única e será a última nos presídios federais, diz Lewandowski na Câmara

O ministro da Justiça prestou esclarecimentos em uma audiência pública na Comissão de Segurança Pública

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, em audiência na Câmara dos Deputados, em 16 de abril de 2024. Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
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O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou em audiência na Câmara dos Deputados que a fuga de dois detentos do presídio federal de segurança máxima de Mossoró (RN) “foi a única e será a última”.

Lewandowski participa de uma sessão da Comissão de Segurança Pública, nesta terça-feira 16.

Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento fugiram do presídio em 14 de fevereiro. Eles foram recapturados em 4 de abril, após 50 dias de buscas e mais de 1.600 quilômetros percorridos por três estados.

O ministro listou diversas falhas no presídio de Mossoró, ao qual se referiu como um “projeto obsoleto”.

“É uma prisão que tem mais de 20 anos, uma penitenciária antiquíssima, em que os padrões de segurança talvez não fossem tão rigorosos como hoje se exigem nas novas penitenciárias.”

Entre os problemas identificados na prisão, Lewandowski destacou o relaxamento na vigilância e a quebra de protocolos de segurança – como a ausência de revistas diárias -, além de equipamentos inutilizados e com falhas.

Ele também ressaltou a ausência de muralhas em torno do presídio, estrutura considerada essencial na construção de novas prisões.

Quem eram os fugitivos

Ambos são do Acre e estavam na penitenciária de Mossoró desde 27 de setembro de 2023, após envolvimento em uma rebelião no presídio de segurança máxima Antônio Amaro Alves, na qual cinco detentos foram mortos, três deles decapitados.

Preso desde agosto de 2015, Deibson passou também pelo presídio federal de Catanduva (PR). Ele tem condenações e responde por assaltos, furtos, roubos, homicídio e latrocínio. Cumpria pena de 33 anos por assalto a mão armada.

Rogério também cumpria pena no Acre, quando foi determinada sua transferência para o Rio Grande do Norte. Ele cumpria pena de cinco anos por envolvimento com o tráfico de drogas.

Os dois conseguiram escapar ao abrir uma passagem por uma luminária da cela. Foi a primeira fuga registrada no sistema prisional federal desde a sua criação, em 2006.

A operação de recaptura dos fugitivos custou pelo menos 2,5 milhões de reais aos cofres públicos. Cerca de 500 policiais trabalharam nas buscas, envolvendo Polícia Militar do RN, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional, Força Penal e agentes de estados vizinhos.

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