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1600 km, três estados: o trajeto dos fugitivos de Mossoró em 50 dias de fuga

Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento foram recapturados em Marabá, no Pará, em uma ação conjunta entre PF e PRF

Momento que agentes da PRF entregam os fugitivos de Mossoró à PF, em Marabá. Foto: Reprodução
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Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, recapturados nesta quinta-feira 4 pela Polícia Federal, percorreram um total de 1.600 quilômetros desde que fugiram do presídio federal, em Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Até alcançarem a cidade de Marabá, no Pará, onde foram recapturados depois de 50 dias de buscas, a dupla cruzou pelo menos três estados: Ceará, Piauí e Maranhão.

Os criminosos estavam em um comboio formado por três carros em uma rodovia federal do Pará, quando foram abordados por agentes da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Federal. Segundo fontes que acompanharam a ação, a dupla estava a bordo de veículos diferentes na BR-222, na altura de Marabá. Ao todo, seis pessoas foram presas, um deles com uma uma submetralhadora.

Da fuga à prisão

Os agentes da Polícia Federal traçaram o trajeto da Mendonça e Nascimento desde a fuga até a prisão. Ao deixarem o presídio federal, os criminosos invadiram uma casa em Rancho da Caça, a 7 quilômetros da penitenciária. As camisas e uniformes  foram achados posteriormente, com outras pistas, na Serra do Mossoró, há 11 quilômetros do local de fuga. Os dois também fizeram um casal refém na Comunidade Riacho Grande, bem próximo ao presídio, e depois foram vistos em Vila Primavera, que fica a cerca de 20 quilômetros.

Dias depois, a polícia fez um cerco na divisa do Rio Grande do Norte, para onde imaginava-se que tivessem seguido, mas não houve sucesso. Antes de serem presos novamente, os dois viajaram de barco por seis dias partindo da cidade cearense de Icapuí.

Ainda de acordo com inquérito da PF, a dupla vinha recebendo auxílio de uma rede de apoio mobilizada pelo Comando Vermelho, facção criminosa a qual eles são filiados e que possui células na Região Norte e Nordeste.

Rogério e Deibson são do Acre e estavam na penitenciária de Mossoró desde 27 de setembro de 2023, após envolvimento na rebelião ocorrida no presídio de segurança máxima Antônio Amaro Alves, na qual cinco detentos foram mortos, três deles decapitados.

Deibson estava preso desde 2015, já tendo passado pelo presídio federal de Catanduva (PR). Ele tem condenações e responde por assaltos, furtos, roubos, homicídio e latrocínio. Ele cumpria pena de 33 anos por assalto a mão armada. Rogério também cumpria pena no Acre, quando foi determinada sua transferência para o Rio Grande do Norte. Ele cumpria pena de cinco anos por envolvimento com o tráfico de drogas.

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