Política
Freixo anuncia que vai ao STF para barrar decretos de Bolsonaro sobre armas
Deputado argumentou que o presidente não pode legislar sobre armas via decreto


O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) informou nesta sábado, pelo Twitter, ter iniciado ofensiva contra os quatro decretos publicados ontem pelo governo de Jair Bolsonaro para facilitar o uso de armas e munições por civis no Brasil. Em publicação há pouco, o parlamentar informou que apresentará projetos para anular, no Congresso, os decretos.
Além do movimento no Legislativo, Freixo relatou ter protocolado Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF) com o mesmo intuito. “O presidente não pode legislar sobre armas via decreto”, escreveu.
URGENTE! Vou apresentar projetos p/ anular os 4 novos decretos de Bolsonaro que ampliam o acesso de civis a armas e munições e afrouxam a fiscalização. Também estou incluindo essas medidas na ADI que já protocolei no STF. O presidente não pode legislar sobre armas via decreto.
— Marcelo Freixo (@MarceloFreixo) February 13, 2021
Mais cedo, também pela rede social, o deputado fluminense afirmou que a decisão do governo aponta que “a política armamentista do presidente não é apenas sobre insegurança pública, é sobre democracia”, e emendou: “Bolsonaro está armando seus apoiadores para ameaçar as instituições. O golpe está em curso.”
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.