Freixo acusa deputado bolsonarista ‘e 10 marginais armados’ de interromper ato no Rio

O pré-candidato do PSB ao governo do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo, acusou o deputado estadual Rodrigo Amorim, do PTB, de intimidar e tentar impedir uma manifestação pacífica neste sábado 16.

O episódio ocorreu na Praça Saens Peña, na Tijuca, Zona Norte da cidade do Rio.

“Fomos surpreendidos por um deputado ligado ao governador Cláudio Castro e ao presidente Jair Bolsonaro, acompanhado de dez marginais armados, que foram para cima das pessoas. Crianças, mulheres, idosos. Com muita violência, ameaçando, dizendo que ali não era lugar para que a gente estivesse”, declarou Freixo.

Segundo o pessebista, “o Rio precisa de paz, união e diálogo”. Ele ainda afirmou ter encaminhado “todos os boletins de ocorrência à Justiça Eleitoral”.

A ação de Amorim foi denunciada nas redes sociais. “Eu e outros militantes de esquerda estávamos em uma caminhada com o Freixo na Praça Saenz Pena quando fomos atacados por um grupo armado bolsonarista liderado pelo deputado Rodrigo Amorim, que nos agrediu, quebrou bandeiras e nos ameaçou”, escreveu o advogado Rodrigo Mondego, pré-candidato a deputado estadual pelo Rio.

Elika Takimoto, que também se lançou à Assembleia Legislativa fluminense, afirmou que Amorim “veio para cima de uma atividade pacífica”. Ela emendou: “Xingaram, ameaçaram e fizeram questão de mostrar que estavam armados. Para evitar mais confusão, Freixo se retirou”.

Takimoto publicou nas redes sociais um trecho da confusão:

Segue uma parte do que acabamos de enfrentar aqui. Precisamos de segurança para fazer nossa campanha! Nem começou e já estamos assim?! pic.twitter.com/2xqVaRznwi

— Elika Takimoto (@elikatakimoto) July 16, 2022

No começo deste mês, o Ministério Público Eleitoral do Rio de Janeiro denunciou Amorim pelo crime de violência política de gênero contra a vereadora de Niterói Benny Briolly, do PSOL.

De acordo com a Procuradoria Regional Eleitoral, Amorim “assediou, constrangeu e humilhou” Benny por sua “condição de mulher trans” em discurso no plenário da Alerj.

O bolsonarista pode ser condenado a cumprir entre um e quatro anos de prisão e ficar inelegível por oito anos.

Rodrigo Amorim ficou conhecido por ter quebrado uma placa com o nome de Marielle Franco e, depois, ter emoldurado parte do objeto em seu gabinete na Alerj.

O que diz o deputado bolsonarista

Rodrigo Amorim se manifestou por meio da seguinte nota:

“O deputado Rodrigo Amorim informa que estava com apoiadores na Praça Saens Pena, ponto de encontro para irem a um evento do PTB em São Cristóvão, quando uma equipe do deputado Marcelo Freixo começou a ofender sua família e a do presidente da República. Freixo estava em campanha antecipada na Praça, com sua equipe de seguranças armados irregulares, alvo de CPI criada pelo deputado Rodrigo Amorim na Alerj. Não houve nenhum episódio de violência física”.

Sob investigação

A Polícia Civil também divulgou uma nota sobre o episódio: “O caso foi registrado na 19ª DP (Tijuca) como ameaça e injúria. Foram colhidos depoimentos dos envolvidos. O procedimento será encaminhado à Coordenadoria de Investigações de Agentes com Foro (CIAF), órgão especializado da Secretaria de Estado de Polícia Civil, que possui atribuição para dar seguimento a este tipo de investigação”.