Política

Dino descarta uso da Força Nacional na Bahia e critica ‘visão criminalizadora’ das polícias

O estado, que lidera o ranking de mortes violentas, foi acometido por uma nova chacina na madrugada desta quinta-feira, na cidade de Jequié, que vitimou seis pessoas da mesma família

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, descartou, nesse momento, o uso da Força Nacional na Bahia. O estado, que lidera o ranking de mortes violentas, foi acometido por uma nova chacina na madrugada desta quinta-feira, na cidade de Jequié, no sudoeste do estado, e que vitimou seis pessoas de uma mesma família.

“Nesse momento, as ações das polícias estaduais, com o fortalecimento da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal devem produzir os efeitos que esperamos”, disse o ministro durante coletiva de imprensa dada ao lado do governador Jerônimo Rodrigues (PT-BA), e demais ministros.

“Caso haja eventualmente um recrudescimento, uma mudança de cenário, é claro que a Força Nacional estará à disposição.”

Durante a agenda, Dino apresentou medidas de colaboração do governo federal com o estado da Bahia na área da segurança pública. Como, por exemplo, o aporte de 20 milhões de reais em créditos extras ao estado, que serão empenhados para a compra e aluguel de viaturas das forças de segurança. O ministro também anunciou ações de reforma e implantação de sedes da Polícia Federal, como em Vitória da Conquista e Feira de Santana; a implantação da Força de Combate Integrada ao Crime Organizado (Fico) na cidade de Ilhéus; além do lançamento de editais direcionados a prevenção da violência, política anti drogas e apoio a mulheres vítimas de violência.

“Todas as ações que o governo Lula determinou são feitas em parceria com os estados independentemente do partido que governa o estado”, disse o ministro, que também defendeu uma ‘visão integrada’ da segurança pública, associada a políticas sociais, de trabalho, cultura, lazer e educação.

Durante seu pronunciamento, o ministro mencionou a necessidade de se reduzir a letalidade que acomete policiais e a sociedade, e condenou o que chamou de ‘visão criminalizadora’ das polícias.

“Nós não concordamos com a ideia de que a polícia está sempre errada. Essa é uma ideia deletéria ao país. Porque é uma ideia que desestimula a ação das polícias. A virtude está no meio termo”, declarou.

“Eu não concordo com a visão criminalizadora das polícias, isso não é bom para o Brasil. Os maus tem que ser investigados e punidos, mas não julgar a instituição”.

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