Política
Flávio Bolsonaro tem as contas eleitorais revistas pelo MP do Rio
Ministério Público quer entender se o senador usou recursos ilícitos na sua campanha para o cargo, em 2018
O Ministério Público do Rio de Janeiro está analisando as contas eleitorais de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) para entender se o senador usou recursos ilícitos na sua campanha para o cargo, em 2018. A investigação se encontra com o caso de Fabrício Queiroz, ex-assessor que arrecadou fundos com funcionários do gabinete de Flávio, o que levantou suspeitas dos crimes de peculato e formação de quadrilha. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.
Segundo a reportagem, o Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaeco) investiga doações eleitorais e despesas, como gráficas, pessoal e locação de veículos, desde o fim de março.
Com os dados da quebra de sigilo fiscal de Flávio, Fabrício Queiroz e outras 92 pessoas investigadas, o Ministério Público deve fazer um cruzamento de informações com os números de doação de campanha e outros custos financeiros.
As suspeitas envolvendo Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz apareceram na imprensa no início de dezembro, após a eleição de Jair Bolsonaro, quando foi divulgado um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que detectou movimentações atípicas de uma série de assessores e ex-assessores de deputados da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).
Na relação estava Fabrício Queiroz, que além de ter atuado como assessor de Flávio, também é amigo do presidente Jair Bolsonaro. De acordo com o relatório, Queiroz movimentou 1,2 milhão de reais entre janeiro de 2016 e o início de 2017, quando estava lotado no gabinete de Flávio – um valor incompatível com seu salário. O senador diz-se alvo de um ataque orquestrado contra ele para atingir o presidente e nega que tinha conhecimento sobre o esquema.
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