Política

Filhos abandonam Bolsonaro em defesa do caso das joias nas redes sociais, mostra levantamento

O monitoramento revela que apenas Flávio Bolsonaro se posicionou já nos primeiros dias de repercussão; abandono reforçou repercussão negativa para o ex-capitão

O clã Bolsonaro. (Foto: Roberto Jayme/ASCOM)
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Os filhos de Jair Bolsonaro (PL), com exceção de Flávio, abandonaram o pai na defesa do caso das joias nas redes sociais. Um levantamento feito pela consultoria DSC Lab e revelado pela coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo, mostra que o silêncio imperou no clã bolsonarista na primeira semana em que o escândalo veio à tona.

O levantamento mostra ainda que parlamentares aliados do ex-presidente também não se pronunciaram. O resultado do abandono familiar e político evidenciado pela pesquisa reforçou repercussão negativa para o ex-capitão.

Os números da consultoria mostram que, entre 200 publicações feitas no Instagram e Facebook por deputados entre os dias 3 e 9 de março – primeira semana de repercussão do caso – só 7 eram de aliados de Bolsonaro. 193 outros comentários direcionavam críticas ao ex-presidente.

Como resultado, as críticas a Bolsonaro pela tentativa de apropriação ilegal das joias avaliadas em mais de 16 milhões de reais atingiram 767,7 mil interações no período. Já as 7 postagens favoráveis ao ex-capitão mobilizaram 300,3 mil interações.

O deputado Eduardo Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro, que costumam fazer um alto volume de postagens nas redes, se abstiveram na defesa do pai nesta primeira semana. Só mais tarde, passada a avalanche de críticas, é que os dois citaram o tema em seus perfis.

Já o senador Flávio Bolsonaro, que costuma fazer um número menor de publicações, foi a público nos primeiros dias para ajudar o pai. Ele é o único que tem reiterado as posições. Na segunda-feira, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, chegou a classificar como ‘coisa pequena’ a tentativa ilegal de entrar com as joias sauditas no Brasil.

Aliados como Carla Zambelli, Nikolas Ferreira e Bia Kicis, que costumavam ser as primeiras a publicarem as teses de defesa do bolsonarismo, também não comentaram o tema no período analisado pela consultoria. Apenas o recém-chegado na Câmara Gustavo Gayer e os já experimentados bolsonaristas Eduardo Girão e José Medeiros se juntaram a Flávio na defesa do ex-presidente no ambiente digital. Juntos, representam apenas 9% dos 54 parlamentares que trataram do assunto nas redes sociais.

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