Filho do governador Jorginho Mello (PL), o advogado Filipe Mello afirmou nesta terça-feira 9 ter desistido de assumir o cargo de secretário da Casa Civil em Santa Catarina.
Caçula do bolsonarista, ele foi indicado para o posto na primeira semana do ano, mas a nomeação chegou a ser barrada pelo Tribunal de Justiça.
Na segunda-feira 8, um juiz plantonista derrubou a liminar e liberou a posse. Mello substituiria Estêner Soratto da Silva Júnior (PL), que retomou o cargo de deputado estadual.
Nas redes sociais, o advogado disse ter conversado com o pai e decidido que seria melhor auxiliar o governo “do lado de fora”.
Mello também ironizou as críticas à nomeação e afirmou que seu defeito seria “biológico” – ou seja, ser filho do governador. A ação contra a nomeação havia sido protocolada pelo PSOL.
Na determinação que impediu a posse e foi derrubada nesta semana, o desembargador João Marcos Buch afirmou que o governador não poderia transformar a máquina pública em “entidade familiar”.
O desembargador Gilberto Gomes Oliveira, contudo, divergiu e acolheu o argumento de que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal afasta a ideia de nepotismo no caso, porque “se está diante de cargo público de natureza política”.
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