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Filho de Trump nega que será embaixador no Brasil

Troca de Eduardo Bolsonaro por Eric Trump nas embaixadas para estreitar as relações entre EUA e Brasil não passou de rumores

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A troca diplomática de Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro cotado para assumir a embaixada do Brasil em Washington, por Eric Trump – que assumiria a embaixada dos EUA no Brasil – não passou de um boato. A BBC Brasil anunciou, nesta quinta-feira 18, que a indicação de Eric para comandar a embaixada americana em Brasília não passa de rumores.

Um dia depois de o presidente afirmar que indicaria Eduardo para o cargo de embaixador nos Estados Unidos, Trump cogitou enviar o filho para comandar os interesses americanos na capital do Brasil. O inusitado movimento diplomático, no entanto, não deve se consolidar.

“Eric conduz a Trump Organization e é comprometido com o negócio. Mesmo o Brasil sendo um país incrível, isso não é nada mais que um rumor”, afirmou uma auxiliar do terceiro filho do presidente americano.

Já aqui no Brasil, a indicação do filho 03 continua sendo defendida por Bolsonaro. O presidente tem repetido em declarações que irá indicá-lo para o cargo e que cabe ao Senado dar o aval ou não.

Mesmo sofrendo críticas do próprio partido, como Janaína Paschoal e Olavo de Carvalho, Bolsonaro transformou a indicação do filho em uma briga pessoal no Congresso. A maioria dos ministros do governo já se posicionaram a favor da indicação de Eduardo e o governo vem articulando para conseguir os votos suficientes para que o filho do presidente se torne embaixador.

As críticas são ao fato de Eduardo não ter uma carreira diplomática. Segundo ele mesmo disse, suas qualidades para assumir o cargo são falar inglês, espanhol e ter fritado hambúrguer nos EUA. O presidente repetiu as qualificações defendidas pelo filho como se fosse mais que necessário para assumir o posto de maior prestígio da diplomacia brasileira.

Especialistas da área dizem que essa medida não se classifica como nepotismo, pois terá que passar pelo aval do Senado. Mas indicar um filho para um cargo desse é algo encontrado apenas em países ditatoriais, como a Arábia Saudita.

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