O presidente Jair Bolsonaro está cotando para assumir a Secretária de Cultura do governo o ex-deputado Marcos Soares, filho do pastor e líder da Igreja Internacional da Graça, R.R. Soares. O porta voz da presidência confirmou a informação, mas disse que outros nomes também estão sendo avaliados.
Bolsonaro tem um encontro marcado com R.R. Soares nesta quinta-feira 7 para discutir a nomeação. Se Marcos assumir, deve substituir o economista Ricardo Braga, que após dois meses no cargo foi exonerado nesta quarta-feira.
Quando ainda estava na Câmara dos Deputados, Marcos foi autor de projetos polêmicos. Entre eles a tentativa de incluir a disciplina de Moral e Cívica no currículo do ensino fundamental, um projeto para determinar a execução do Hino Nacional nas escolas da etapa e a realização de audiência pública sobre “Os riscos da realização do aborto e as suas consequências – tanto na esfera judicial quanto emocional”.
A pasta, que cuida de assuntos culturais do país, e que tinha status de ministério antes de Bolsonaro assumir, tem sido palco de polêmicas. Se Marcos for o escolhido pelo presidente será o terceiro a comandar secretaria em três meses.
Em agosto, o então secretário Henrique Pires foi demitido do cargo após polêmica envolvendo filmes com temática LGBT. Na ocasião, Pires afirmou que preferia sair a “bater palma para censura”. Logo em seguida foi substituído por Braga, que ficou menos de dois meses no cargo.
Além da troca de secretário, Bolsonaro decidiu, nesta quinta-feira, transferir a Secretaria Especial da Cultura da pasta de Cidadania para o Ministério do Turismo, chefiado por Marcelo Álvaro Antônio.
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