Política
FAB inicia restrição do espaço aéreo na Terra Yanomami para combater o garimpo
O lançamento da Zona de Identificação de Defesa Aérea ocorre a partir de um decreto assinado pelo presidente Lula
A Força Aérea Brasileira inicia à 0h desta quarta-feira 1º a operação de controle do espaço aéreo sobre a Terra Indígena Yanomami, em Roraima, com o objetivo de combater o garimpo ilegal.
O lançamento da Zona de Identificação de Defesa Aérea, ou Zida, ocorre a partir de um decreto assinado pelo presidente Lula (PT) na segunda-feira 30.
A Aeronáutica prevê “a adoção de medidas de controle do espaço aéreo contra todos os tipos de tráfego aéreo suspeitos”. A Zida se dividirá em três:
- Área Branca (reservada)
- Área Amarela (restrita)
- Área Vermelha (proibida)
Na Área Vermelha da região, somente as aeronaves envolvidas na Operação Escudo Yanomami receberão autorização.
A Força planeja, ainda, a instalação de um radar TPS-B34, a fim de de ampliar a capacidade de defesa aérea e intensificar o poder de detecção e controle. As aeronaves radar E-99 e R-99 já estão na região e o alerta de Defesa Aérea de Boa Vista foi reforçado, disse a instituição.
Em discursos, Lula já havia antecipado a determinação de combater o garimpo ilegal em território Yanomami.
“Resolvemos tomar a decisão de parar com essa brincadeira. Não terá mais garimpo e não terá mais sobrevoo, nem abastecimento de combustíveis”, disse na segunda 30 o presidente, durante evento no Palácio do Planalto.
Segundo o decreto assinado por Lula, o Ministério da Defesa fornecerá dados de inteligência e transporte aéreo logístico para as equipes que participarão diretamente da neutralização de aeronaves e equipamentos relacionados com a mineração ilegal.
O documento prevê que as autoridades federais ficarão encarregadas de efetuar as requisições de bens, servidores e serviços necessários para transporte de equipes; abastecimento de água potável; fornecimento de alimentos e vestimentas; além da abertura ou reabertura de postos de apoio da Fundação Nacional dos Povos Indígenas e de unidades básicas de saúde do Ministério da Saúde.
Imagem: Divulgação/FAB
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