Política

Exército sugere a Múcio levar ex-auxiliar de Villas Bôas para a secretaria-executiva do GSI

Ricardo Nigri trabalhou como oficial do gabinete de Villas Bôas na maior parte de sua passagem pelo comando da Força

Eduardo Villas Bôas. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O Exército enviou um documento ao ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, no qual sugere quatro alterações envolvendo postos de generais. Uma delas é a passagem de Ricardo José Nigri ao cargo de secretário-executivo do Gabinete de Segurança Institucional, hoje ocupado por Carlos José Russo Assumpção Penteado.

Nigri trabalhou como oficial do gabinete de Eduardo Villas Bôas na maior parte de sua passagem pelo comando do Exército.

Villas Bôas esteve à frente da Força entre fevereiro de 2015 e janeiro de 2019. Nigri marcou presença no gabinete entre janeiro de 2016 e março de 2019. Atualmente, desempenha a função de Chefe de Missões de Paz e Aviação – Inspetor-Geral das Polícias Militares.

A se concretizar a mudança, Penteado deixará o GSI e funcionará como adido ao gabinete do comandante do Exército, Júlio Arruda. O documento é assinado pelo general Julio Cesar Palú Baltieri, Chefe do Centro de Comunicação Social da Força.

A passagem de Villas Bôas pelo comando do Exército ficou marcada pela publicação de mensagens ameaçadoras direcionadas ao Supremo Tribunal Federal durante julgamentos de ações contra o presidente Lula (PT).

O petista deve se reunir nos próximos dias com Múcio e com os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. A agenda, prevista para ocorrer até a sexta-feira 20, será a primeira após o presidente criticar militares envolvidos na segurança do Palácio do Planalto pelos atos golpistas de 8 de janeiro.

Em 12 de janeiro, Lula condenou a tentativa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de se apropriar das Forças Armadas e repudiou a participação de militares em um debate bolsonarista sobre as urnas eletrônicas durante o processo eleitoral de 2022. As declarações ocorreram durante um café da manhã com jornalistas, em Brasília, no qual CartaCapital esteve presente.

Na ocasião, ele também voltou a apontar a “conivência” das forças de segurança do Distrito Federal e de militares diante da ação terrorista de extremistas de direita contra os prédios dos Três Poderes.

“Teve muita gente da Polícia Militar conivente. Teve muita gente das Forças Armadas aqui dentro conivente. Eu estou convencido de que a porta do Palácio do Planalto foi aberta para que gente entrasse, porque não tem porta quebrada. Ou seja, significa alguém facilitou a entrada deles aqui”, disse o presidente.

Leia o documento com as mudanças sugeridas pelo Exército:

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