Política

Exército barra promoções de Mauro Cid e outros militares envolvidos na trama golpista

Mauro Cid tinha promoção para coronel do Exército encaminhada até ser preso pela Polícia Federal por fraudes no cartão de vacinação de Jair Bolsonaro

Exército barra promoções de Mauro Cid e outros militares envolvidos na trama golpista
Exército barra promoções de Mauro Cid e outros militares envolvidos na trama golpista
Mauro Cid na CPMI do 8 de Janeiro – Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
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O Exército confirmou que o tenente-coronel Mauro Cid está impedido de ser promovido para o posto de coronel.

Segundo a instituição, a prisão de Cid é um dos impeditivos para a subida de grau na hierarquia militar, conforme a Lei de Promoção dos Oficiais da Ativa das Forças Armadas.

O veto foi feito pela Comissão de Promoção de Oficiais, colegiado composto por 18 generais que analisam se os candidatos cumprem os critérios objetivos e subjetivos para mudar de nível na carreira.

O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) foi preso em maio de 2023, pelo envolvimento na falsificação de cartões de vacina para a sua família e para o ex-presidente, Após seis meses preso, em setembro, o militar fechou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal.

Ele chegou a ser solto, em condicional, mas, em março voltou para a prisão sob acusação de obstrução de Justiça. Cid, segundo o Supremo Tribunal Federal, desobedeceu termos do acordo de delação ao ser flagrado afirmando ter firmado o acordo sob coação. Antes da prisão, ele negou as informações e disse se tratar apenas de um desabafo. Ele permanece preso desde então.

Em sua delação, Cid relatou o passo a passo de uma trama golpista que visava anular as eleições de 2022, mediante intervenção militar. A intenção do plano era recolocar Jair Bolsonaro na Presidência da República, mesmo diante da derrota eleitoral para Lula.

Além de Mauro Cid, outros 4 militares investigados também foram retirados da lista de promoção do Exército. São eles:

  • Hélio Ferreira Lima;
  • Guilherme Marques de Almeida;
  • Sergio Cavaliere;
  • e Ronald Ferreira.

Os militares estão sem função no Exército por força de decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

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