Exército barra a posse do ex-ajudante de Bolsonaro em cargo estratégico

A decisão foi tomada em meio a acusações de que o militar operava um esquema de rachadinha dentro do Planalto.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

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Novo comandante do Exército, o general Tomás Paiva decidiu barrar a posse do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, que assumiria o comando do 1º Batalhão de Ações e Comandos, unidade de Operações Especiais, em Goiânia (GO).

A decisão foi tomada durante reunião nesta terça-feira 24 e acontece em meio às acusações de que o militar operava um esquema de caixa 2 dentro do Palácio do Planalto.

Cid foi indicado ao posto em maio de 2022 por Bolsonaro, mas só assumiria o cargo em fevereiro. Agora, a expectativa é que ele peça o adiamento da posse sob o argumento de que precisará se defender das acusações.

A permanência da indicação de Cid ao posto foi o pivô da crise que resultou na demissão do ex-comandante do Exército, o general Júlio Cesar Arruda.

Uma reportagem do portal Metrópoles apontou que o oficial operava uma espécie de “caixa paralelo” por meio de saques de recursos dos cartões corporativos para pagar as contas da família Bolsonaro.

O bolsonarista ainda atuava, de acordo a publicação, como elo entre o Planalto e extremistas de direita investigados em inquéritos do Supremo Tribunal Federal, como o blogueiro Allan dos Santos, considerado foragido da Justiça brasileira.


Cid também foi indiciado pela Polícia Federal, em dezembro, no inquérito que investigava as declarações de Bolsonaro durante a pandemia. Para a PF, o militar cometeu crime de incitação ao disseminar informações falsas sobre a covid-19.

O batalhão para o qual o homem de confiança de Bolsonaro foi indicado reúne as mais bem treinadas tropas do Exército. Entre as suas atribuições está a atuação contra ameaças a Brasília e a realização de “ações contra alvos de alto valor”, por exemplo.

(com informações da CNN Brasil)

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