Política

“Eu vou implodir o presidente”, diz líder do PSL na Câmara em áudio

Em discussão com deputados do PSL, o líder do partido Delegado Waldir diz: ‘Acabou o cara. Eu sou o cara mais fiel a esse vagabundo’

Em áudio, o líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir, dispara: "Eu vou implodir o presidente." Créditos: EBC
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O líder do PSL na Câmara, o deputado Delegado Waldir (PSL-GO) afirmou que pretende “implodir” o presidente Bolsonaro. A declaração foi obtida em um áudio conseguido pela Record TV. Nesta quinta-feira 17, Waldir empreendeu uma vitória contra a ala bolsonarista na Câmara, que queria destituí-lo e levar o deputado Eduardo Bolsonaro ao cargo.

No áudio em que os deputados do PSL discutem a liderança do partido, é possível identificar uma declaração de Waldir: “Eu vou implodir o presidente. Aí eu mostro a gravação dele. Eu tenho a gravação. Não tem conversa, não tem conversa. Eu implodo o presidente. Acabou o cara. Eu sou o cara mais fiel a esse vagabundo”, diz o líder do PSL. Ele aborda a questão por cerca de um minuto, referindo-se ao presidente com palavrões. A declaração começa aos 2 minutos e 40 segundos.

Desde ontem, o partido se encontra em um racha que opôs a base apoiadora de Waldir à base apoiadora de Bolsonaro, que tinha candidato a líder o deputado Eduardo Bolsonaro.

Os deputados apoiadores de Waldir acusam Jair Bolsonaro de atuar pessoalmente para influir o processo. Isso porque na quarta-feira 16, a revista Época divulgou um áudio em que o presidente aparece pedindo apoio a deputados do PSL para destituir o deputado do cargo de líder do partido na Câmara. Waldir é ligado ao presidente da legenda, deputado Luciano Bivar (PE), e tem feito críticas públicas a Bolsonaro.

 

A escolha do líder partidário foi oficializada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que recebeu as listas de apoiadores e oposicionistas.

A crise entre Bolsonaro e o comando do PSL se acentuou na semana passada, quando o presidente orientou um apoiador a esquecer Bivar que, na opinião dele, está “queimado”. Bivar disse que a fala era “terminal” na relação entre Bolsonaro e o partido, ao qual o presidente é filiado.

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