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Estupro/ O anestesista de bem

Novas acusações contra o médico flagrado no Rio de Janeiro

Bezerra fez do estupro de vulneráveis um hábito - Imagem: Polícia Civil/RJ
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Em mais um episódio de violência sexual, revelador do longo caminho a se percorrer na busca por respeito e dignidade para as mulheres no Brasil, o médico anestesista ­Giovanni Quintella Bezerra foi preso na segunda 11 após ser flagrado em vídeo ao estuprar uma paciente grávida, dopada e inconsciente, durante uma cesariana. O crime foi revelado graças à iniciativa de três técnicos de enfermagem do Hospital da Mulher, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, que desconfiaram do comportamento do anestesista e conseguiram filmar o estupro da mulher em absoluta vulnerabilidade. Bezerra é formado em Medicina há cinco anos e há três meses atuava como anestesista em dez unidades de saúde privada e na rede pública estadual. A Polícia Civil diz acreditar que o anestesista cometeu o mesmo tipo de abuso repetidas vezes e ao menos outros cinco casos semelhantes teriam ocorrido, também em outras unidades. Adivinhe em quem Bezerra vota.

Pai e filho

Quando criança, Antônio Cristóvão Neto, filho do ministro Marcelo Queiroga, gostava de acompanhar o pai no trabalho, fascínio que o faz hoje, aos 23 anos, ser estudante de Medicina. Desenvolto em suas andanças por Brasília e suspeito de tráfico de influência em prefeituras da Paraíba, Queiroguinha continua a curtir a companhia do pai, como mostram as 30 vezes em que esteve no Ministério da Saúde apenas em 2022. As visitas do menino prodígio coincidem com a liberação de ao menos 8,5 milhões de reais do SUS a seis municípios paraibanos. Queiroguinha é candidato a deputado federal.

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