Esposa de Ronnie Lessa desmente o marido e derruba álibi sobre a noite do assassinato de Marielle

As declarações de Elaine Lessa foram concedidas em depoimento prestado há cerca de dois meses

O ex-PM Ronnie Lessa. Foto: Reprodução/TV Globo

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A esposa do ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado de assassinar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, desmentiu o álibi do marido. Em depoimento prestado há dois meses, Elaine Lessa rechaçou a alegação de que ele e o ex-PM Élcio de Queiroz – outro acusado pelo crime – teriam permanecido em casa naquele 14 de março de 2018. A oitiva foi revelada nesta terça-feira 25 pelo Jornal Nacional, da TV Globo.

Ronnie Lessa e Élcio sustentavam a versão de que passaram o fim de tarde e o começo da noite bebendo na casa de Lessa e só saíram do local para assitir a um jogo em um bar.

Em seu novo depoimento, porém, Elaine relatou ter permanecido em casa durante praticamente todo o dia, com exceção do momento em que levou seu filho ao curso de inglês, por volta das 15h30. Ela relatou ter chegado com seu filho por volta das 18h30 e assegurou que naquele momento não havia ninguém na residência.

Ela também afirmou “que Ronnie só chegou quando estava próximo de amanhecer, pois pouco tempo depois ela acordou para levar seu filho na escola”.

Segundo investigadores, após ser confrontado com as novas provas Élcio confessou ter dirigido o carro utilizado no crime e admitiu que Lessa atirou contra as vítimas.

Outro acusado de envolvimento nos assassinatos, o ex-sargento do Corpo de Bombeiros Maxwell Simões Corrêa chegou a Brasília na tarde desta terça, para ser transferido à penitenciária federal da capital, de segurança máxima.


Ao determinar a prisão preventiva de Suel – como ele é conhecido -, o juízo da 4ª Vara Criminal do Rio de Janeiro informou que as provas apresentadas pelo Ministério Público do estado apontam a ligação do ex-bombeiro com o caso Marielle antes, durante e depois dos assassinatos.

Na segunda 24, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou que Suel atuava na “vigilância” e no “acompanhamento” de Marielle. Também teria participado do “apoio logístico com os demais [participantes] de toda essa cadeia criminosa”.

A acusação também é de que Maxwell Corrêa emprestou o carro utilizado pelos criminosos para esconder as armas usadas no assassinato.

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