Política

Erundina protocola projeto pela obrigatoriedade dos debates eleitorais na TV

Projeto de lei também é assinado pelo deputado federal Ivan Valente, do PSOL

A emissora Bandeirantes realizou debate entre candidatos a prefeito de São Paulo em 1º de outubro. Foto: Reprodução
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Os deputados federais do PSOL, Luiza Erundina e Ivan Valente, protocolaram nesta quarta-feira 14 um projeto de lei que determina que redes de televisão sejam obrigadas a organizar e transmitir debates eleitorais.

 

No texto, os parlamentares colocam que ‘a não realização de debates acarreta o esvaziamento da discussão política a respeito dos projetos apresentados pelos candidatos durante a campanha, trazendo grande prejuízo à democracia’.

Os parlamentares ainda pedem a realização dos debates mesmo se um determinado candidato não puder comparecer, tanto no primeiro quanto no segundo turno, desde que seja comprovado convite à participação com, no mínimo, 72 horas de antecedência.

Erundina e Valente afirmam que os debates televisivos têm sido “alvo de descaso” de candidatos que lideram as pesquisas eleitorais e também de emissoras que não se empenham em organizá-los adequadamente.

Eles também argumentam que que as propagandas eleitorais, que ganharam mais espaço do que os debates, são ferramentas de conveniência para que os candidatos se apresentem de maneira ‘artificialmente produzida’ ao eleitorado.

“Sabe-se o quanto a propaganda obrigatória em rádio e TV é conveniente para o candidato se apresentar, muitas vezes, de forma artificialmente produzida e distante do contraditório que possa revelar de maneira mais espontânea suas convicções mais profundas. No debate eleitoral, esse controle se torna muito mais difícil”, diz o texto.

Luiza Erundina concorre à vaga de vice-prefeita de São Paulo, em chapa liderada pelo líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Guilherme Boulos. A candidatura tem 20 segundos de propaganda televisiva.

Os dois candidatos mais bem avaliados pelas pesquisas de intenção de votos na capital paulista, Bruno Covas (PSDB) e Celso Russomano (Republicanos) apresentam, respectivamente, 3 minutos e 29 segundos, e 51 segundos de tempo obrigatório de propaganda eleitoral.

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