CartaCapital
Erika Hilton pede que MP investigue junto ao TCU o apagão de arquivos nos computadores do Planalto
A deputada eleita solicita que a Secretaria-Geral da Presidência e os departamentos de tecnologia sejam intimados para prestar esclarecimentos sobre o caso
A vereadora e deputado eleita Erika Hilton (PSOL-SP) pediu na última sexta-feira 11, que o Ministério Público abra um inquérito para investigar junto ao Tribunal de Contas da União se computadores do Palácio do Planalto foram formatados depois do 2º turno das eleições. E caso confirmado, de que se identifique o mandante e os responsáveis pelo apagão dos dados.
No documento, Erika pede aos gestores públicos que, eventualmente, estejam “envolvidos na irregularidade narrada” sejam submetidos às autoridades competentes e que informações adquiridas no decorrer da investigação sejam enviadas ao Ministério Público Federal, que já pediu a abertura de investigação.
Além disso, pede que a Secretaria-Geral da Presidência e os departamentos de tecnologia vinculados sejam intimados a prestarem esclarecimentos, apresentando a Política de Segurança da Informação do Planalto.
Sobre suposto ‘apagão’ decorrente de erro da máquina. O documento relembra que: “Para a situação atual do apagamento dos computadores, não se tem notícia da existência de algum framework que oriente o apagamento integral dos dados virtuais, em caso de detectada alguma ameaça externa no sistema operacional de um órgão público”.
“Em sentido oposto, a Norma Técnica ABNT NBR ISO/IEC 27002:2005 e o próprio Tribunal de Contas da União, por meio de uma série de acórdãos, recomendam a criação de cópias de segurança de documentos oficiais que estejam sob ameaça de qualquer natureza”, diz um trecho do documento..
Até o momento, secretarias vinculadas ao Palácio do Planalto não se manifestaram sobre o assunto.
Leia o pedido na íntegra:
HILTON_DenunciaMPF
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.