Entre amigos

A patota paranaense adia o destino do senador Moro, que tem encontro marcado com o TSE

Ela tá de olho na butique dele – Imagem: Jonas Pereira/Ag. Senado

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O longo julgamento no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, que se arrastou por quatro sessões, passa a impressão de uma meticulosa análise dos autos do processo, mas o desfecho não surpreendeu ninguém. Jogando em casa, o senador Sergio Moro foi absolvido nas ações que pediam a cassação do seu mandato por abuso do poder econômico, caixa 2 e uso indevido dos meios de comunicação nas eleições de 2022. Logo após a confirmação do resultado, pelo folgado placar de 5 votos a 2, o ex-juiz correu para as redes sociais para enaltecer a Corte paranaense, apresentada como “um farol para a independência da magistratura”.

Moro gostaria que esse “farol” iluminasse as mentes dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral, que darão a palavra final sobre o seu destino político, mas parece não confiar muito nessa possibilidade. Não por acaso, sua esposa, a deputada Rosângela Moro, transferiu seu domicílio eleitoral de São Paulo para o Paraná. Precavida, planeja disputar a vaga do marido na eleição suplementar a ser convocada caso os magistrados de Brasília se esquivem das luzes emanadas de Curitiba. Se os eleitores permitirem, a cadeira no Senado pode até mudar de dono, mas se manterá na família.

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1 comentário

PAULO SERGIO CORDEIRO SANTOS 16 de abril de 2024 03h31
O “ladrão de galinhas” expressão do ministro Gilmar Mendes quando Moro lhe procurou, ex juiz, ex ministro de Bolsonaro e futuro ex senador Sérgio Moro não cansa de passar vergonha. Numa manobra malandra, com sua cônjuge, Rosângela Moro eleita deputada federal por São Paulo, mas que transferiu o seu título de eleitor de volta ao Paraná a ser provável candidata ao senado pelo PR com a finalidade de ser o plano B na vaga de Moro, caso seja sacramentada a sua cassação pelo TSE, vemos uma triste e melancólica carreira profissional terminar sabe se lá como. Com a tendência do que vimos pelo CNJ onde a juíza copia e cola Gabriela Hardt está afastada de sua função como juíza juntamente com alguns desembargadores do TRF-4 Loraci Flores de Lima, João Pedro Gebran Neto, Marcelo Malucelli, Thompson Flores em que a Lava Jato se assemelharia a um esquema ‘cashback” para uma ação entre amigos conforme entendimento do ministro Luiz Felipe Salomão do CNJ. No TSE, Moro não terá mais os seus amigos que tem no Paraná e vida fácil, sendo a corte eleitoral de Brasília mais técnica e isenta de modo a julgar de acordo com as provas do processo sendo que no caso de Moro existem mais provas contra ele do que convicções ao contrário das ilações de Moro e sua turma da Lava Jato curitibana quando julgaram e condenaram o presidente Lula.

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