Política
Entidades judaicas processam Ciro Gomes sob acusação de antissemitismo
Em entrevista, candidato derrotado do PDT disse que o presidente Jair Bolsonaro tem apoiadores ‘corruptos’ dentro da comunidade
A Confederação Israelita do Brasil (Conib) e a Sociedade Israelita do Ceará (SIC) ofereceram uma representação criminal contra Ciro Gomes (PDT). As entidades acusam o ex-governador do Ceará de antissemitismo.
O motivo são declarações do pedetista ao site de notícias Huffpost Brasil. Em entrevista exclusiva ao portal, publicada no mês passado, Ciro disse que o presidente Jair Bolsonaro tem apoiadores ‘corruptos da comunidade judaica’.
“Agora, Bolsonaro diz aos grupos de interesse o que eles querem ouvir. Por exemplo, para os amigos dele aí, esses corruptos da comunidade judaica, que acham que, porque são da comunidade judaica, têm direito de ser corrupto”, declarou.
A denúncia foi apresentada na última sexta-feira 26 à Procuradoria-Geral da Justiça em São Paulo. As entidades também pediram que se apure se houve crime de injúria racial.
O Conib já havia anunciado que iria processar Ciro no último dia 8, por considerar que ele fez declarações antissemitas e generalizadas contra a comunidade. Em nota divulgada na época, a entidade exigiu um pedido de desculpas. “Não vemos Ciro ligar outras minorias ou grupos à corrupção no Brasil. Se pretende ser visto como um político despido de ódios e preconceitos, cabe ao ex-governador se retratar das infelizes declarações contra os judeus brasileiros”, diz o texto.
Procurada para comentar o caso, a assessoria de Ciro Gomes não respondeu até a publicação.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.