Política

Entidades judaicas processam Ciro Gomes sob acusação de antissemitismo

Em entrevista, candidato derrotado do PDT disse que o presidente Jair Bolsonaro tem apoiadores ‘corruptos’ dentro da comunidade

Entidades judaicas processam Ciro Gomes sob acusação de antissemitismo
Entidades judaicas processam Ciro Gomes sob acusação de antissemitismo
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

A Confederação Israelita do Brasil (Conib) e a Sociedade Israelita do Ceará (SIC) ofereceram uma representação criminal contra Ciro Gomes (PDT). As entidades acusam o ex-governador do Ceará de antissemitismo.

O motivo são declarações do pedetista ao site de notícias Huffpost Brasil. Em entrevista exclusiva ao portal, publicada no mês passado, Ciro disse que o presidente Jair Bolsonaro tem apoiadores ‘corruptos da comunidade judaica’.

“Agora, Bolsonaro diz aos grupos de interesse o que eles querem ouvir. Por exemplo, para os amigos dele aí, esses corruptos da comunidade judaica, que acham que, porque são da comunidade judaica, têm direito de ser corrupto”, declarou.

A denúncia foi apresentada na última sexta-feira 26 à Procuradoria-Geral da Justiça em São Paulo. As entidades também pediram que se apure se houve crime de injúria racial.

O Conib já havia anunciado que iria processar Ciro no último dia 8, por considerar que ele fez declarações antissemitas e generalizadas contra a comunidade. Em nota divulgada na época, a entidade exigiu um pedido de desculpas. “Não vemos Ciro ligar outras minorias ou grupos à corrupção no Brasil. Se pretende ser visto como um político despido de ódios e preconceitos, cabe ao ex-governador se retratar das infelizes declarações contra os judeus brasileiros”, diz o texto.

Procurada para comentar o caso, a assessoria de Ciro Gomes não respondeu até a publicação.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo