Entidades acadêmicas saem em defesa de Pochmann, escolhido para a presidência do IBGE

O 'desenvolvimentismo' do economista entrou na mira de setores do 'mercado'

O economista Marcio Pochmann. Foto: Pedro França/Agência Senado

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A Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e a Associação Brasileira de Estudos do Trabalho repudiaram os ataques direcionados ao economista Márcio Pochmann, escolhido pelo governo Lula para a presidência do IBGE.

De acordo com a ABET, as investidas “carecem de base técnica e de evidências empíricas” e ofendem “todo o campo de estudos econômicos que compartilha das mesmas abordagens” de Pochmann.

“A estratégia de desqualificação de condutas não contribui para elevar o nível do debate público e desinforma a sociedade a respeito das reais disputas em torno das indicações para cargos de direção institucional”, escreveu a associação.

Já a direção da Faculdade de Ciências Econômicas da UFRGS destacou a trajetória acadêmica de Pochmann e disse reconhecer nele “um profissional competente, cujos serviços prestados à academia e à gestão pública merecem o nosso mais elevado respeito”. A nota foi assinada por dois ex-diretores e pelos atuais integrantes da diretoria, os professores André Moreira Cunha e Maria de Lurdes Furno da Silva.

A indicação de Pochmann para o IBGE foi alvo de críticas de setores do “mercado” por sua conduta “desenvolvimentista” e pela filiação ao PT, legenda da qual faz parte desde 2021.

De 2012 a 2020, ele ainda foi presidente da Fundação Perseu Abramo, eleito pelo Diretório Nacional do PT. Antes, de 2007 a 2012, presidiu o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.


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