Política

Entidade diz que acionará a Justiça contra nomeação do novo presidente da Petrobras

Em entrevista a CartaCapital, presidente da Anapetro diz que Caio Paes de Andrade não tem formação e experiência suficientes para o cargo

Caio Mario Paes de Andrade, o novo presidente da Petrobras. Foto: Emiliano Capozoli/Divulgação
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A Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobras, a Anapetro, pretende entrar com uma nova ação contra a nomeação de Caio Mário Paes de Andrade como presidente da estatal.

O anúncio foi realizado nesta terça-feira 28 pelo presidente da entidade, Mário Alberto Zal Dot, em entrevista ao programa Direto da Redação, no canal de CartaCapital no YouTube.

O argumento é o mesmo que se viu na representação protocolada pela entidade na Comissão de Valores Mobiliários do Ministério da Economia: o novo presidente da Petrobras não comprovou requisitos básicos para o cargo.

Dal Zot diz que Andrade não tem formação acadêmica voltada para a área de óleo e gás e que as suas especializações no exterior não foram reconhecidas no Ministério da Educação.

Além disso, o presidente da Anapetro diz observar falta de experiência profissional do executivo no setor.

Na entrevista, ele afirmou que a CVM poderia desempenhar melhor um papel de fiscalização, mas que “faz muito pouco”. Na sequência, declarou que a Associação está “preparando em paralelo uma ação judicial”.

“A gente acha que a CVM pode requerer mais informações, que apresente-se o currículo ou a formação do Paes de Andrade. Ela pode muito, mas a gente sabe que faz pouco”, afirmou Dal Zot.

“No mesmo mérito que a gente fez em relação a essa ação na CVM, a gente vai fazer por via judicial, numa ação judicial. Deve estar protocolando amanhã, no máximo”, anunciou.

De acordo com a Petrobras, Andrade é formado em Comunicação Social pela Universidade Paulista, possui pós-graduação em Administração e Gestão pela Harvard University e mestrado em Administração de Empresas pela Duke University.

Andrade vem da Secretaria Especial de Desburocratização e entra na presidência da estatal após a saída de José Mauro Ferreira Coelho, que ocupou o posto por cerca de dois meses. O mandato está previsto até 13 de abril de 2023.

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